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ConcretIzAr: É hora de fazer acontecer!

 

 



 

Mais importante do que arranjar alguém, mesmo um robot que faça por mim, é manter a nossa sanidade profissional intacta e a nossa capacidade de concretização inabalável.

Por isso, por mais Inteligência Artificial que tenhamos nas nossas vidas, profissionais e pessoais, a nossa capacidade de concretizar continua a ser ainda mais importante. Só dessa forma conseguimos ir mais além, entregar resultados, avançar... e mudar o mundo, mesmo que aos pouquinhos.

Mas nem sempre é assim. Com a IA ganhamos alternativas, abrimos novos caminhos e exploramos zonas de conhecimento que, por vezes, conhecemos mal, movidos pela curiosidade ou pelo gosto de explorar. E com isso, paradoxalmente, podemos até perder produtividade e desfocar-nos do objetivo inicial.

Hoje, este é um dos maiores desafios que enfrentamos diariamente. A IA, pela facilidade com que nos permite obter resultados, melhores ou piores (isso é outra discussão que já tivemos!), pode facilmente dispersar-nos e tornar-se contraproducente. Por isso, temos de preservar a nossa linha de pensamento, os nossos planos e objetivos, as nossas estratégias e, acima de tudo, o nosso foco!

Como refere Daniel Goleman em várias obras, especialmente no livro Foco, este é o grande fator diferenciador do nosso tempo. E eu não podia estar mais de acordo.

E já nem falo da poluição informativa que recebemos todos os dias, e da necessidade constante de distinguir o que é verdadeiro e útil do que não é. Com a proliferação de distrações que nos rodeiam, perder o foco, o plano ou até as nossas ideias torna-se demasiado fácil. E quando isso acontece, perdemos a essência, aquilo que nos diferencia, e claro, perdemos produtividade.

É como se nos diluíssemos num mar, deixando-nos levar pelas ondas, sem qualquer governo na direção.

Por isso, devemos preservar as nossas ideias, manter o cérebro focado e garantir que a nossa produtividade está pronta para crescer. Só assim, sem perder a nossa linha de base, a IA nos pode potenciar: 5, 10, 50 vezes mais! Sempre a construir ideias, soluções e feitos dignos de nota.

Ora, é precisamente para isso que existem alguns métodos que nos ajudam a não perder o norte (nem o leme!). Um deles, que defendo, assenta em:

Clarificar o que pretendemos fazer e porquê;

Estabelecer um compromisso com datas e um planeamento realista;

Definir quem nos vai acompanhar nessa jornada, mantendo um canal de comunicação claro e contínuo com todos;

Gerir os riscos e aproveitar as oportunidades que surgirem;

E, claro, fazer contas à vida: orçamentos, custos e proveitos.

Se soubermos para onde vamos, como lá vamos, com quem, quanto tempo demora e o quão longe fica, sabemos com o que podemos contar.

E se, por cima desta visão, integrarmos IA nas várias componentes, seja a preparar o caminho, a percorrê-lo ou a descobrir novas rotas, e sem nunca perder o rumo, os resultados, garanto-vos, vão ultrapassar todas as expectativas!

Mas se, por outro lado, gastarmos todos os nossos orçamentos, nomeadamente de tempo e dinheiro, apenas na fase de exploração, sem chegar à meta, os resultados serão catastróficos.

É deste risco que vos queria falar hoje. Um risco bem real, num mundo cheio de distrações, onde é demasiado fácil trocar o essencial pelo acessório e, com isso, defraudarmo-nos a nós próprios. Mesmo os mais experientes, criativos ou até super-heróis!

Como combater isto? Com foco. Com disciplina. Com rigor.
E, claro… com IA também.
Por esta ordem.

Guilherme Teixeira

Guilherme Teixeira

4 outubro 2025