Nos últimos meses, perguntaram-me muitas vezes sobre as razões que me levaram a candidatar a Presidente da Câmara de Braga. Há três motivos para o ter feito.
O primeiro, é a certeza que tenho sobre o enorme potencial da nossa comunidade e da região.
O segundo, é a minha convicção de que, pela minha experiência pessoal, profissional e política, reúno as competências certas para promover a concretização desse potencial.
O terceiro é a constatação de que os dois partidos que governaram de forma alternada o município e o país nos últimos 50 anos apresentam candidaturas que representam, no caso do PS, o pior das políticas do passado e, no caso do PSD, o pior das políticas do presente.
Esta última constatação, que vi ser partilhada pelos milhares de bracarenses com quem falei nas últimas semanas, foi decisiva na decisão de avançar: não era possível ficar fora deste combate quando o município corria o risco de ficar nas mãos de quem não pode garantir a liderança política de que Braga precisa.
Os próximos mandatos são decisivos para Braga e para a região. Persistir nos erros do passado e do presente levará a comunidade a um caminho de decadência. É urgente contrapor uma dimensão ética inabalável da liderança política que se complemente com ambição, coragem, competência técnica e rigor à subserviência ao poder central, ao marasmo e ao desleixo na gestão autárquica.
Um dos traços da gestão autárquica passada e presente é, aliás, o da subserviência ao poder central. Com governos socialistas ou social-democratas, com executivos camarários social-democratas ou socialistas, a verdade é que nunca o município teve uma voz exigente na defesa dos interesses dos bracarenses. Com uns ou com outros, nunca o processo político da nova Área Metropolitana do Minho avançou. Nem se concretizou a obra do Nó de Infias. Não houve um único centímetro da Variante do Cávado que visse a luz do dia. Nem se considerou o interesse de Braga na discussão do traçado e da estação do TGV. A ligação ferroviária entre Barcelos, Braga e Guimarães não foi defendida. Nem as obras de recuperação nas escolas consideradas de intervenção urgente como Palmeira, Frei Caetano Brandão, Gulbenkian ou Trigal Santa Maria se fizeram.
É por tudo isto que o meu compromisso perante os bracarenses é claro: apresento-me às eleições para a Presidência da Câmara Municipal de Braga com um objetivo eleitoral assumido e uma visão determinada para o futuro do município.
O objetivo é vencer as próximas eleições autárquicas. A visão é fazer de Braga a Capital do Norte.
Para Braga ser a capital do Norte, temos de exigir um tratamento justo do poder central em termos de obras estruturantes. Não pedimos mais do que outros tiveram. Não podemos ter menos do que aquilo que outros receberam. Temos ainda de ser capazes de nos afirmarmos como líderes no país em várias áreas, da mobilidade ao urbanismo, da competitividade à segurança.
Para isso, é necessário concretizar um conjunto de medidas que constarão do nosso programa eleitoral das quais desde já destaco: a defesa da nova Área Metropolitana liderada por Braga, a luta pela ligação ferroviária entre Barcelos, Braga e Guimarães, a preparação da solução futura de metro de superfície, o licenciamento de 10.000 novas casas com o desenvolvimento de novas centralidades a Norte, potenciada pela Variante do Cávado e a Oeste, ligada à Estação de TGV e à confluência de soluções de transporte e vias de comunicação, o BRAIN - BRÁCARA INNOVATION DISTRICT, um polo inovador de desenvolvimento tecnológico, o programa “Complicação Zero”, uma declaração de guerra à burocracia na autarquia, o investimento adicional de 1 milhão de euros anuais em segurança municipal, o Seguro Municipal de Saúde para os bracarenses com mais de 65 anos carenciados e o novo eixo pedonal e ciclável entre Gualtar e Avenida Central.
É esse município vibrante, moderno, solidário, com oportunidades para todos, orgulhoso da sua História, da sua identidade, das suas tradições e que olha para o futuro com ambição e confiança que quero construir com os bracarenses a partir de 12 de outubro.