Corrigindo uma “gralha”). No meu último trabalho, por óbvio lapso, disse que D. Sebastião foi morto, no norte de Marrocos, perto de Larache em 1580; é claro que foi 2 anos antes.
A “cara lavada”). Quando eu era criança e depois, jovem adolescente (no fundo, até perto do 25 de Abril de 74) era-nos ensinado que o normal, o ideal da estética masculina era trazer o cabelo cortado e a cara “limpa”, seja de bigodes, peras ou barbas. A quem, como eu e tantos, tivéssemos os traços faciais regulares, esta moda nunca incomodou. Para mais, os ídolos da época, fossem eles actores do cinema americano, os cantores portugueses (e não só) e os jogadores de futebol, raro era aquele que destoava. Veja-se, p. ex., a selecção portuguesa de 66 (os “magriços”) que foram a Londres conquistar um brilhante 3º lugar: só haveria 2 ou 3 excepções, sendo uma o grande José Augusto (que talvez usasse às vezes bigode, por achar que tinha o queixo demasiado proeminente); e os capitães, os benfiquistas Germano (para acentuar a sua figura poderosa) e Coluna (numa tradição da nação vátua dos seus avós).
Chegam os Beatles…). Paul MacCartney (of Liverpool) tinha até, as feições algo angélicas. Harrison era um britânico ainda mais típico. Mas, quer Ringo Star quer Lennon, eram homens em que o algo avantajado nariz necessitava de qualquer coisa para passar despercebido. Um segredo mal guardado da Humanidade é que, nestes casos a pessoa deixa crescer um bigode (ou se tal estiver na moda) uma pera ou a barba completa para, chamando a atenção visual sobre esses acrescentos capilares, o pseudo-defeito passe despercebido. Mas; a quem fosse realmente feioso (como era o caso no concreto de alguns dos Beatles, rodeados por indisfarçáveis belos exemplares masculinos da sub-raça saxo-britânica…) nada como deixar logo de início crescer imenso o cabelo; o que dava logo um, até então inusitado ar efeminado, “bonitinho”, ao grupo. O que não impediu que, também por terem cabelo escuro (contrastando com a maioria, relativa, dos britânicos) se auto-intitulassem “as baratas” (em inglês, “beetle”); que batiam (“to beat”) nas baterias…
De repente, “a receita “ resultou). O sucesso musical, merecido, foi imenso. Foi pena que tivessem abafado, em parte, o sucesso mundial de outro grupo, os californianos “Beach Booys”, que para mim até lhes são superiores. Entretanto chega “Maio de 68”, comandado, tinha de ser, por um israelita (franco-alemão), mais tarde, deputado europeu… Falo, claro, de Daniel Cohn-Bendit. E a moda do cabelo comprido, também impulsionada pelos “hippies” de San Francisco, começa a espalhar-se. Para compensar o que, à época, resultava efeminado (fruto da completa ignorância da tradição masculina do cabelo comprido em muitas civilizações e épocas do passado…) começaram bastantes homens a deixar crescer as suíças, as patilhas. A “guerra capilar” iniciava-se… Porém, muitos europeus e euro-descendentes têm pouco ou nenhum cabelo no “sítio das patilhas”; daí que esses deixassem crescer o bigode e as normalmente inestéticas e agressivas “peras”. Logo a seguir, e dado que quem fosse glabro ou perto disso, ficava bem injustamente para trás, os que podiam deixavam crescer a barba toda. O efeito era o mesmo (feio mas “macho”…). E havia outros que, por vaidade e por terem a barba abundante e bem distribuída, a deixavam crescer; esquecendo aliás, que passados poucos anos, a “epidemia das brancas” viria sabotar o processo.
Para desacreditar a Política, altera-se a Estética). Isto já tem acontecido várias vezes na História. P. ex., a Revolução Francesa de 1789, acabou com as perucas e trouxe os bigodes aos soldados franceses do corso Napoleone Buonaparte. No final dos anos 60 do séc. XX e nos anos 70, os rostos barbeados e o cabelo cortado (que que já eram moda desde o início do mesmo séc. XX) deram lugar aos cabelos (muito) compridos, aos bigodes e às barbas, que quase todos usavam. Porém, o Capitalismo Liberal e Multinacional (sempre judaico…) vai contra-atacar, no início dos anos 80; com a “revolução” engravatada e barbeada, bem sucedida, desse propagandista profissional que era o pres. Reagan; e da conservadora (mas não nacionalista) Margareth Thatcher. A tal senhora que não socorreu os vários milhões de ingleses da Rodésia (Zimbábue) e da África do Sul. Mas que mandou uma frota de guerra para salvar 3 ou 4 rebanhos de ovelhas com a lã molhada, do ataque do “terrível ditador” argentino Rafael Videla (guerra das Malvinas, ou das Falkland).