Em diversas dioceses formaram-se, desde há longo tempo, associações de antigos alunos dos respetivos seminários com objetivos diversos, sobretudo para não perderem aquela ligação que, desde tenra idade, se foi alicerçando em cada um de nós, formando uma autêntica família com amizades que permanecem durante toda a nossa vida.
Na Diocese de Braga os antigos Estatutos aprovados por despachos ministeriais em 20 de novembro de 1961 e de 2 de outubro de 1969 provam a existência desta agremiação que tiveram como primeiro mentor o saudoso Padre Joaquim Torres que nos anos cinquenta/sessenta já era uma realidade, mas, por transformações políticas se foi desvanecendo, acabando por ser suspensa até maio de 1995, sendo, em maio deste ano que um grupo de antigos alunos, incentivado pelo então Bispo Auxiliar de Braga, Dom Jorge Ortiga, um grande entusiasta desta causa, resolveu retomar, procurando reunir várias dezenas de antigos alunos no Salão de São Frutuoso do Seminário de Santiago, sito na rua D. Afonso Henriques da cidade de Braga, numa Assembleia-Geral para a revisão dos já citados estatutos, adequando-os às novas transformações durante esse tempo.
Para a mesa, foi proposto, por unanimidade, que fosse presidida pelo Dom Jorge, Bispo Auxiliar de Braga, coadjuvado pelo 1.º Secretário o Dr. Carlos Nuno Salgado Vaz e pelo 2.º Secretário Dr. José de Almeida Vieira. Constituída a mesa e, após alguma discussão, foi nomeada a comissão formada pelos elementos, Dr. José Almeida Vieira; Dr. Carlos Nuno Salgado Vaz; Dr. Fernando Vaz Mateus; Prof. João Maria Lima Moreira; José Bernardino da Silva Oliveira e Manuel Matias Gonçalves Pereira para proceder à revisão ou alteração dos estatutos vigentes até à próxima assembleia que decorreu, logo a seguir, no dia 14 de outubro de 1995, tendo a primeira decorrido no dia 20 de maio do mesmo ano.
Dom Jorge não podia deixar de tecer algumas considerações sobre o Sínodo Diocesano que decorreu nos anos 1995/1996 com 9 temas (as paróquias na diocese; reorganização das paróquias; paróquias e vocações; o direito da associação; evangelização e catequese; liturgias e sacramentos; caridade e promoção humana; solidariedade e bens da igreja e paróquia aberta a todos os ambientes. Formaram-se, nas paróquias, grupos sinodais e reflexões individuais que cada um poderia fazer sobre os temas já referidos e dar as suas ideias, compilando-as, sendo, seguidamente, enviadas para a comissão sinodal. Mais tarde, para que não se perdesse a história dessas reflexões, editei um livro, respeitante à minha paróquia de Vilarinho Vila Verde, enviando exemplares para serem arquivados nas várias instituições da nossa Diocese de Braga e em algumas bibliotecas.
Para registo desta segunda fase da Associação dos Antigos Alunos dos Seminários Diocesanos de Braga foram enumerados em ata, por ordem alfabética todos os presentes nesta Assembleia, renovadora da associação que hoje ainda existe. Só é pena não haver mais condiscípulos, sejam sacerdotes ou leigos de todas as idades, inscreverem-se como sócios, pois são momentos em que cada um pode contribuir para a qualificação, cada vez maior, desta tão importante agremiação. Só o facto de conhecermos colegas de vários tempos passados no seminário e convivermos já se torna agradável e proveitoso este valoroso trabalho.
Vou então, para terminar e por uma questão histórica, enumerar os elementos desta primeira Assembleia: Agostinho Gomes; Américo Soares; António Faria; António de Abreu; Augusto de Almeida; Avelino Costa; Carlos Arantes Dias; Eduardo Lopes; Fernando Mateus; Fernando Lopes; João Moreira; João Monteiro; Joaquim Pereira; José Vieira; Dom Jorge Ortiga; José Oliveira; José Alves Batista; José da Silva Oliveira; José Santos; José Soares da Silva; José Gomes; José Brandão; José Coutinho; Luís Gonzaga Macedo; Manuel Mota; Manuel Leitão; Manuel Domingos Viana; Manuel Lopes; Manuel Martins; Manuel Afonso; Manuel Matias Pereira; Manuel da Cunha; Manuel Vilas Boas; Manuel Silva; Manuel Gonçalves; Manuel Meira; Manuel Pinheiro; Rui Manuel Gonçalves; Salvador de Sousa; Vasco Guimarães; Carlos Vaz e José Lima da Cruz que, mais tarde, presidiu, com muito mérito, a esta Associação. Deixou a sua função por sua livre iniciativa. Parabéns por todo o seu trabalho, sempre em consonância com o Presidente da Assembleia, Dr. Carlos Vaz, que, ainda hoje, exerce o cargo.
Acentuando, ainda mais, a razão desta reunião (maio de 1995), o Dr. Almeida Vieira referiu que esta associação estava inerte devido, como já se disse, às grandes mudanças e transformações políticas que foram operadas no nosso País. Por isso, era premente que a nova comissão revisse, com cuidado, os estatutos e que tivesse em atenção as novas realidades. Esta comissão nomeada iria submeter um novo texto dos Estatutos na reunião marcada para outubro do mesmo ano, para ser discutido e, possivelmente, aprovado. O que aconteceu após algumas alterações.