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Luís Montenegro não pode falhar!

 


 

 


 

Parto da convicção que é isso que vai acontecer. E vai acontecer, porque Luís Montenegro não tem escapatória. A tarefa é exigente e grande demais, implicando por parte dos membros do governo uma atitude positiva, decisões ponderadas e inteligentes e capacidade de resolução dos problemas que existem num caderno de encargos sobrecarregado e inadiável. Resumo em quatro palavras: Montenegro não pode falhar! Não pode mesmo. O eleitorado iria cobrar a incapacidade sem contemplações.


 

1 - Depois da derrocada e sem fulgor anímico de fazer boa oposição, os neo-socialistas deram a primazia, por incúria, ao partido Chega que ascendeu a segunda força política e a líder da oposição. Feito inédito! E em seis anos. É obra de um “homem só”! E prepara-se para passar a perna a Montenegro e destronar a AD do poder. André Ventura tem a ambição desmedida, a energia suficiente e a lábia bem afinada para se tornar primeiro-ministro o mais cedo possível. É isso que ele quer. Portanto, com este figurino, não vai dar tréguas ao governo, embora afirme e reafirme o contrário. Diz Ventura, com toda a naturalidade do mundo, que vai viabilizar o governo, vai apoiar medidas reformistas, vai propor outras tendentes a efectivar o crescimento económico do país. Até na Constituição quer mexer. Não vou dizer que é tudo balela, mas convém não colocar toda a confiança nos ditos. Recomenda-se a Montenegro “pé ligeiro, olho vivo e mãozinha hábil”. É preciso prevenir situações imprudentes. Uma coisa é certa: Ventura quer o poder. É só uma questão de oportunidade. Ele vai procurá-la nem que seja no fim do mundo.


 

2 - A conjuntura internacional não é a melhor nem a mais recomendável. As incertezas são mais do que muitas. Com líderes mundiais de peso, déspotas e amalucados, é preciso ter muita cautela, boa visão e uma gestão de rigor acrescido. Não há espaço para brincadeiras eleitorais, nem para leviandades na gestão que se pagarão muito caras, como ficou demonstrado com as governações absurdas do dr. Costa. Todas as medidas a incrementar terão que ser devidamente ponderadas e rigorosamente avaliadas para se evitarem desperdícios financeiros que farão falta em sectores fulcrais da sociedade nacional. Governar com inteligência e impor um regime de seriedade são exigências deste tempo demasiado frágil para se divagar ou para se brincar. 


 

3 - Luís Montenegro já declarou “guerra” à corrupção. Fez bem, mas não chega. É preciso passar à acção e dar combate sem tréguas àqueles que navegam nesse mar poluído. Para se exigir aos outros, temos que ser exigentes connosco próprios. E sem subterfúgios. E com desculpas esfarrapadas muito menos. O combate deve começar pelo Estado. Uma exigência. Com certeza!

Outro assunto importante engloba-se na “Reforma do Estado”. Reformar o Estado é preciso. É preciso pôr o Estado a andar e com bom andamento para queimar as gorduras. Temos um Estado obeso. Há muito tempo. Demasiado pesado e cheio de celulite. É preciso emagrecê-lo. Torná-lo ágil. Versátil. Capaz. 


 

4 - O Turismo é uma grande fonte de receita. Cuidado com a “galinha dos ovos de ouro”. Muito cuidado que o turista muda rapidamente de poleiro. É preciso cultivar esta riqueza económica, financeira, cultural. A segurança é um dos pilares desta imensa riqueza. O país precisa de garantir segurança. Precisa de passar a mensagem que Portugal é um país mesmo seguro. Uma segurança sentida e com liberdade. Com bons ares nas cidades e nas praias. Em todo o lado.


 

5 - Se os problemas forem metodicamente resolvidos; se houver confiança nos homens e mulheres do governo; se Montenegro não falhar, André Ventura não terá essa oportunidade de um dia ser o “mayor” do país. Contentar-se-á em chupar no dedo e proclamar aos quatro ventos que é o líder da oposição. E mais nada!

Armindo Oliveira

Armindo Oliveira

29 junho 2025