twitter

Algum respeito, por um quarto dos portugueses…

O partido Chega alcançou quase 23% dos votos). E sendo o mais votado em cada um dos seguintes distritos: Faro, Beja, Setúbal (!) e Portalegre. Sem contar os 4 deputados da Emigração (ainda por apurar), o Chega passa de 51 para 58 deputados (tantos quantos os do PS, prevendo-se que o nº final lhe seja favorável e seja oficialmente o “líder da Oposição”). Surpresa foi pois, o PS ter baixado de 28 para 23,3%, umas curtas décimas apenas, acima do partido de A. Ventura. Logo agora que Pedro Nuno Santos aparecia finalmente, mais adulto e até, mais empático.

Apesar das sondagens, a vitória do PSD-CDS parecia pouco segura). Mas aconteceu, e com uma pequena subida, de 28,8 para 32,1% (e apesar de terem “despedido” o PPM…). De início, discutiu-se muito a vida empresarial do dr. Montenegro. Depois, lá se falou de temas mais importantes, como a exponencial admissão de imigrantes, sobretudo dos do Hindustão (pessoas em média muito mais inteligentes, unidas, prolíficas e laboriosas que os portugueses, mas não sabendo contudo uma palavra de Português e praticando costumes e religião politeísta ou islâmica, antagónicos dos nossos).

Imigração e “guerra da Ucrânia” foram temas evitados). Quanto ao 1º deles, só foi abordado porque o Chega o trouxe “para cima da mesa”. Quanto à nossa bastante injustificável parcialidade pela pequena e nóvel Ucrânia (que é uma espécie de cerealífero Alentejo e “saída para o mar” da Rússia, sendo esta um país imenso e dotado de um brutal arsenal termo-nuclear), isso nem o Chega quis abordar. Não explicando donde virão os tais 3 a 5% do Orçamento (ou mais) que o que resta da NATO nos obriga a investirmos em “Defesa”.

Não se esperava, de início, grande votação em André Ventura). E isto, porque foi o Chega que forçou o País a novas eleições (as anteriores foram em 2024); e por motivos algo fúteis, relativos aos clientes, até então desconhecidos e insuspeitos, do escritório de advocacia do transmontano e espinhense dr. Luís Filipe Montenegro Cardoso Morais Esteves. O PS de Pedro Nuno, após ca. de 8 anos de responsabilidades, habilitava-se agora a uma confortável vida de Oposição. Daí que, só empurrado pelo Chega, é que votou pela negativa na moção de confiança a Montenegro (o qual abominava vexatórias “Comissões parlamentares de inquérito”).

Então, por que subiu o Chega, de 18 para 23% ?). Houve 4 factores principais: 1.º a divulgação dos números assustadores da imigração “asiática”; 2.º as repetidas contra-manifestações provocatórias de membros da chamada “comunidade cigana”, as quais ofenderam muitos portugueses “de raíz” (como por cá se diz, “quem não se sente , não é filho de boa gente”); 3.º os 2 graves episódios de doença súbita que, só acometeram o dr. Ventura por ele andar “metido nestas vidas”; 4.º, a patriótica (mas algo inconsciente) valentia com que ele voltou liça, com riscos da própria vida; aliás, mesmo no hospital era por alguns ameaçado de morte (e houve até quem temesse que aquela água estava envenenada). Por tudo isto, Ventura, se em caso de futura doença ou morte sua não quer ver o Chega baixar para metade, devia fazer um “testamento político”, nomeando Rita Matias para sua sucessora.

O problema geral das contra-manifestações). Em minha opinião (e qualquer que seja o assunto), a autorização de contra-manifestações junto (e à mesma hora) de manifestações, é um verdadeiro tiro na liberdade de reunião e de expressão; uma vez que causa receio nos primitivos manifestantes, desmobilizando a maior parte. Contra-manifs. sim, mas só se p. ex. a “manif” fôr na Finlândia… e a “contra-manif.” fôr autorizada na Namíbia, ou no Paraguai…

Concelhos onde Ventura venceu ou teve bons resultados). Venceu p. ex. em Sintra (26%), Marinha Grande 25, Peniche 30, Setúbal26, Barreiro 24, Seixal 26, Sousel 32, Nazaré 28, Alenquer 28, Vila Franca 26, Elvas 43, VR S. António 39, Albufeira 39, Portimão 37, Olhão 37, Loulé 33, Lagos 31, Tavira 29, Beja 27, Barrancos 31, Alvito 28, Moura 37, Odemira 30, Almodôvar 30, Ferreira 29, Estremoz 29, Reguengos 31, Ponte de Sor 30, Avis 28, Monforte 34, Montijo 31, Moita 31, Sesimbra 31, Sines 27, Golegã 29, Entroncamento 32, Almeirim 32, Abrantes 30, Cartaxo 30, Chamusca 28, Benavente 36, Alpiarça 25, Salvaterra 36, Barquinha 33, Caminha 22, Valença 32, Viana 23, Cerveira 29, P. Lima 23, Paredes 24, P. Ferreira 24, Gondomar 23, Póvoa, V. Conde e Valongo 24, Trofa 25, Amares 26, V. Verde 27, T. Bouro 24, Esposende 23, Bragança e Mirandela 26, V. Flor 25, Cast. Branco 28, Idanha 27, Fundão 25. E por aí fora.

Eduardo Tomás Alves

Eduardo Tomás Alves

3 junho 2025