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Ditaduras, ou ausência de democracia

O vice-presidente do partido Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, em festejos passados, discursando, afirmou: “fascismo, comunismo e outros totalitarismos, jamais”.

Por mim, completamente d’acordo. Para mim só a sã Liberdade tem razão de ser na vida de qualquer homem. A liberdade consciente e responsável, é saúde, é cultura.

Mas, sabe-se que nem todo o homem defende o valor – Liberdade. Esta gente quer beneficiar da liberdade, mas recusam-na ao seu semelhante. São capazes uns, de, sub-repticiamente, fazerem o elogio do comunismo; outros, são capazes de, atrevidamente, pugnarem pelo nazismo.

É da história que tanto uns como outros – para se imporem – fizeram mais de 120 milhões de mortos. Recordemos um Rasputine, o monge louco; um Estaline, tirano do século XX; um Hitler, pai da solução final; um Ilse Koch, Pol Pot, Idi Amin e outros.

Nazismo e Comunismo: o primeiro, fizeram morrer na guerra e nas câmaras de gás cerca de 40 milhões de pessoas e, o segundo, criou o Arquipélago de Gulag e fizeram mais de 80 milhões de mortos para se imporem. 

Em Portugal, com o fascismo, tivemos a P.I.D.E. e o Tarrafal, a fome e a tuberculose, bem como estivemos perto de uma guerra civil, em 1975, porque pretendiam impor as “amplas liberdades” da União Soviética, uma vez que actuavam devidamente remunerados. Logo, deviam-lhe obrigações.

Mas então, porque razão, ainda neste século XXI, existem os que defendem o nazismo/fascismo e o comunismo, apesar de uns e outros terem feito milhões de mortos? 

A resposta é simples: esta gente existe e pugna pelas ditaduras, porque a democracia pluralista existe. Na China, na Coreia do Norte, em Cuba ou na Venezuela, não são permitidos, tão-pouco, outras ideologias políticas que não a deles. E noutros países onde o fascismo já vai deitando a língua de fora, combate-se tudo que for extrema-esquerda, ou se se quiser, ditaduras pró-comunismo.

Sendo assim – tendo eu razão da análise e do que conheço sobre Ditaduras – “chegas e pêcêpês”, existem em Portugal porque em Portugal luta-se em prol da democracia e dos direitos humanos, vive-se em democracia pluralista, onde todos podem e devem dar a sua opinião. Ora aquela gente, se estivesse no poder, uns voltavam a dar vida ao Tarrafal de 1973 e os outros criariam novamente o Arquipélago de Gulag, o arquipélago que Mikhail Gorbachov derrubou.

Por tudo o que atrás se afirma e se recorda, qualquer bem-pensante, qualquer pessoa coerente, qualquer amigo da liberdade sã e responsável, jamais pactuará com nazismo/fascismo e com comunismo, e pactuará sim com solidariedade, fraternidade, justiça social, direitos humanos, isto é, Bem-Comum e sem qualquer grama de hipocrisia.

Sendo assim, os defensores da democracia pluralista, aqueles que admiram a prolongada/existente da democracia de um Winston Churchill, de um François Mitterrand entre outros, têm que estar atentos a certos garatujeiros activistas nos órgãos da imprensa nacional em Portugal.

Atentos, pois, ao que escrevem, ao que defendem e ao que relativizam, mesmo sabendo que tais garatujas, ou actuam por ódio, por traumas ou por inveja.

Pelo que, a estes relativisadores do mal social do mundo, provocado por políticas de garrote, não lhes deve ser proibido manifestarem-se quanto a estes ideais que abraçam, uma vez que a democracia pluralista, por ser pluralista, os aceita e tolera, embora não sejam merecedores de nada.

Devo lembrar também, que estes amigos das ditaduras – política que sempre traz violência e mortes – se mandassem, se tivessem em suas mãos o poder, não permitiriam que os “não da cor deles” se manifestassem verbalmente, bem como o acesso à Comunicação Social. Eram sim colocados nos Tarrafais ou nos Gulag’s, ou lançados no alto mar na zona dos tubarões, como muitos lá foram parar.

Nenhum regime político é perfeito, mas há regimes mais perfeitos que outros. A democracia que defendemos – liberdade sã e responsável – tem e terá sempre os seus inimigos e, quantas vezes, são seus inimigos aqueles que dizem quere-la e praticar.

Muitos políticos, marimbam-se para a democracia. Pretendem sim o poder, o fortalecimento do partido, a distribuição de benesses, o encobrimento da vida rapace dos Kamaradas, e o povo que vegete e que adormeça com a pele da barriga encostada às costelas. 

Logo, cuidado! Há que proteger a sã democracia, pois ainda há quem queira regressar ao início do século passado. Esta gente, em Portugal, ainda não entendeu o 25 de Abril de 1974.

Artur Soares

Artur Soares

16 maio 2025