É chegada a época das decisões em inúmeros quadrantes da sociedade, em geral, e do desporto, em particular. Da sociedade porque, coincidentemente, há eleições legislativas por cá, enquanto em Roma já houve fumo branco. Espera-se que o novo Papa, Leão XIV, faça jus ao nome e (pros)siga o caminho do anterior chamando à responsabilidade, dentro do possível, um seu conterrâneo.
Nas escolas secundárias aproxima-se a passos largos uma época de algumas mágoas na escola com a realização dos exames nacionais e inerente carga emocional que os mesmos aportam. Da qualidade dos resultados alcançados, decide-se muito do futuro próximo de milhares de jovens.
No desporto é também hora de decisões em múltiplas áreas. Sendo eu, um camaleão militante na paixão por diferentes desportos, o tempo é manifestamente insuficiente para assistir, em direto, a todas as decisões. Até agora, estando em competição clubes da cidade, a opção, ao vivo ou no ecrã maior, é óbvia, embora a aplicação de telemóvel se mantenha sempre funcional, por forma a que com um simples toque no comando da TV se vá espreitar a qualidade da jogada que permitiu o golo / ponto / set.
Não é fácil acompanhar Liga dos Campeões, Liga Europa (a Conference não me motiva – estou mal-habituado) e jogos finais dos campeonatos nacionais de futebol e voleibol. Junte-se-lhe o andebol e o futsal e percebe-se que não há horas no dia, nem equipamentos eletrónicos em número suficiente para acompanhar tudo. Depois, e em simultâneo, ainda há os passeios de bicicleta cada vez mais frequentes, com subidas mais demoradas (e porque o colesterol também não sobe sozinho) intervaladas com provas gastronómicas imperdíveis - outros dirão imperdoáveis - a coincidirem com inícios de jogos que nos obrigam a acompanhá-los pela rádio.
No voleibol feminino, a equipa do SCB foi declarada vice-campeão nacional ao perder na negra em Lisboa, com o SLB. Independentemente deste resultado, a secção de voleibol - da base ao topo da pirâmide – pode orgulhar-se (e muito) do percurso realizado.
No futebol também estamos na luta pela conquista de uma classificação acima da que nos é devida, habitualmente. Embora gostos não se discutam, eu assumo os meus: que neste fim de semana, em Lisboa, fique decidido o título nacional e que no Porto, um clube que já foi campeão nacional, possa dar um passo decisivo na fuga à descida de divisão. E, sim, é verdade, a acontecerem estes resultados, o SCB será também, desportivamente falando, beneficiado, mas independentemente deles e suas consequências, importante mesmo, é que a emoção não tolde a razão - às vezes somos previsivelmente irracionais - e todos vivam e sintam o futebol como sendo, apenas, a coisa mais importante das…MENOS IMPORTANTES.
Deste modo, privilegiando a segurança e urbanidade que se aguardam em qualquer espetáculo desportivo, que seja primordialmente valorizada a essência e excelência do jogo, respeitando para ser respeitado, dentro e fora dos estádios e pavilhões, tendo como exemplos superlativos, e a seguir, as recentes meias finais da Champions League.