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O Papa Francisco e certas ideologias

Partiu para a Casa-do-Pai, no dia 21 de Abril deste ano de 2025, o Papa Francisco, de seu nome civil, Jorge Mário Bergoglio, argentino.

Podíamos citar centenas e centenas de frases ou ensinamentos, ditos e escritos por este Pastor da Igreja Católica. Tantos pensamentos ou frases seus, ao longo do seu pontificado – cerca de 13 anos – não caberiam neste jornal nem tão pouco em vários livros.

O Papa Francisco foi o Timoneiro do catolicismo mais certeiro e necessário ao tempo em que começou o seu papado até aos dias de hoje: deu testemunho valioso ao mundo – em atitudes, pensamentos e acções apostólicas – como um dos maiores seguidores de Pedro e de Cristo, bem como consciente instrumento cumpridor, dos “recados” do Espírito Santo, para o bem da Humanidade.

O Papa, agora na Luz de Deus, foi incansável como pastor: denunciou problemas, apontou defeitos, tentou corrigir coisas menos perfeitas da Igreja, viveu e viu o sofrimento de todos: idosos, perseguidos, injustiçados, guerras sem justificação. Denunciou a fome, a corrupção, o luxo e de tudo falou e escreveu, relacionado com a não felicidade de todos os seres humanos ou com a felicidade (ainda) deficitária.

O Papa Francisco, visitou muitas nações e sempre perto dos povos. O Mundo sente-se órfão: rezou e reza pelo Papa, chora e alegra-se, porque sabe que passou a habitar noutro reino: o Reino de Deus.

Tantos, que eram indiferentes à existência papal, porque distraídos, ou ocupados, ou até seus contestatários, passaram a rever os “seus feitos e ditos” e concordam que foi o Papa atento, actual e grande lutador pela paz e pelo bem mundial.

Mas, o Mundo Cristão, tem de viver permanentemente atento com aqueles que pretendem – pensam eles – matar Deus, e de tudo que seja feito ou dito por certos homens, certas ideologias. Porque roubar e calcar o homem, é de certo modo, uma das tentativas de matar Deus.

Deus, Cristo e todos os Papas que servem a Igreja segundo o Espírito de Deus, sempre tiveram e sempre terão inimigos ou indiferentes. E ser inimigo ou indiferente a Deus e á Igreja de Cristo, não será nunca o pior pecado dos homens. Pior, será a militância, ou melhor, o escândalo propagado. “Ai de vós se escandalizais”.

O ateu não acredita na existência de Deus nem de quaisquer outras divindades. O ateu não acredita na história das origens; não acredita de como foi a formação do homem e da mulher. O ateu não consegue interpretar o Universo nem lhe aponta um autor; o ateu “não tem luz dentro de si” e não sabe evidenciar porque razão a Natureza se renova minuto-a-minuto. O ateu, é aquele que passa todo o seu tempo a falar e a ler tudo sobre Deus e o que reza às escondidas: mas nega Deus.

O agnóstico queixa-se que é impossível o acesso à existência de Deus. As evidências de tal existência são insuficientes para provar tal divindade. Esquece este idealista que a Natureza é e tem vida; que o planeta Terra tem 75% de água e apenas 25% de terra, e que as águas do mar – apesar da sua permanente agitação – permanecem no seu espaço sem abafar a terra e a Humanidade e que as estrela permanecem no firmamento. O agnóstico, não acredita que Alguém manda, que Alguém comanda, que Alguém renova. O agnóstico, apesar de roubado nas coisas de Deus, tem um bem: nunca se diz ateu.

O naturalista é de todos o mais pobre e/ou roubado nas coisas de Deus. Afirmam estes nossos irmãos que o Homem é, aquilo que o seu meio-ambiente fez nele. O naturalista só confia no Homem: este é o seu Deus. Logo, o naturalista sente-se deus onde quer que vá, onde quer que esteja e é deus no que quer que faça ou pense. Para esta ideologia, nada existe acima ou superior ao Homem. Logo, destes citados roubados nas coisas de Deus, o naturalista é o mais perigoso.

Mas, sejamos honestos. O Papa Francisco, neste seu apostolado como o Pastor de toda a Humanidade, sensibilizou todos os homens que o viram passar e que ouviram ou leram o que deixou no seu pontificado. Deixou vida, deixou esperança, deixou o amor que a todos entregou, e ensinou que “todos, todos, todos” pertencem à Casa de Deus.

A Igreja tem como Cabeça sobrenatural, Cristo, e tem como Cabeça natural o Papa. A Igreja de Cristo é caminho, renovação, lutadora, atenciosa, serviçal, propagadora da paz e do amor entre os homens – mas também pecadora, porque servida por homens.

Artur Soares

Artur Soares

9 maio 2025