twitter

Um exemplo maior!

A nossa principal missão, enquanto seres humanos é manter a nossa espécie e deixar o mundo melhor do que encontramos. A preservação da espécie faz-se através da nossa capacidade de adaptação, mas também pela nossa atitude, o nosso comportamento e legado. A morte do Papa Francisco, antes de mais, foi a perda de um humanista, de um líder e de um “ser” superior, que se manteve, na sua condição mais humilde possível, nos diversos papéis que assumiu. Ficou conhecido pelo seu humor, por ser um acérrimo defensor do futebol, do desporto em geral, mas também das atividades sociais, da paz, da humildade e da esperança, como fatores fundamentais para a humanidade.

Quando o Papa surgiu no Vaticano, no domingo de Páscoa, todos vimos a fragilidade e persentimos que ele não estaria, fisicamente, muito mais tempo entre nós. Ninguém diria que a bênção de Páscoa foi afinal um simbólico adeus, intenso e mensageiro, que diria: “vale a pena esforçarmo-nos pelos outros!”. Há sempre um ponto final, mas o seu exemplo demonstrou claramente, que devemos “TODOS, TODOS, TODOS”, ter a responsabilidade de deixar um mundo melhor para as futuras gerações, e o principal motivo da nossa existência é a missão de trabalhar em prol de uma comunidade, com a compaixão, intensidade, humor e amor, necessárias para que “TODOS, TODOS, TODOS” tenham o seu lugar. Todos devemos ter essa responsabilidade. Também o desporto tem essa missão: dar a oportunidade de desenvolvimento e de integração.

O Papa Francisco foi inteiro, intenso, integrador, integro, alegre, humanista e sensível. Tudo aquilo que deve ser o Desporto. Foi o exemplo maior que a paixão de defender as cores do clube, do país, pode ser feita com respeito. Foi dos poucos Papas que fazia da vida mundana uma via de celebração. Essa lição deveria ser adotada por todos aqueles que se dizem cristãos. Respeitar os valores, com humanismo, defender a comunidade, com compaixão, e ter a sensibilidade de se colocar no papel dos outros é uma obrigação de “TODOS, TODOS, TODOS” os que envolvem o fenómeno desportivo!! Os pais, os adeptos, os árbitros, os dirigentes, os treinadores e os atletas, devem perceber que o clamor do nosso papel é fazer o nosso melhor, por motivos maiores, em nome de uma causa única.

Aquilo que vou sentindo é que o nosso mundo está doente! Precisamos de boas lideranças na política, daquelas que coloquem os interesses coletivos à frente dos pessoais, e coloquem o serviço público como uma prioridade. Pais, que entendam que os papeis fundamentais que ocupam é respeitar e educar, daqueles que sejam positivos, independentemente, se o seu filho(a) jogue ou não, ganhe ou perca, que celebram pelo exemplo e que respeitem os árbitros…

O desporto é uma via nobre de elevar o nosso mundo. Há sempre um ponto final, em tudo, mas temos a obrigação de deixar o legado para um mundo melhor...

Carlos Dias

Carlos Dias

3 maio 2025