Organizaram os meios de Comunicação Social, debates políticos em ordem ao esclarecimento dos eleitores, para as eleições legislativas do próximo dia 18 de Maio deste ano de 2025.
Por mim, tais “esclarecimentos” nem me “aquentam” nem me “arrefentam”. Conheço os tratantes dos tratados: quer pela sobranceria, quer pelos habilidosos sorrisos, pelos benefícios próprios, quer pelo interesse em servir o país ou mesmo por comportamentos políticos e sociais que nos levam a pensar pretenderem esvaziar 25/Abril/194.
Como é evidente, há homens honestos e competentes que gostariam de servir a Nação. Mas estes, têm medo, fogem e são incapazes de se deixarem contaminar pelo madracismo e por certos “lucros” destes senhores, que não têm tido respeito por ninguém.
Conheci homens de valor em Portugal, a partir de 1950. Líderes na vida social, na economia, tais como empresários, camarários, banqueiros, professores, médicos e tantos outros de várias profissões. Conheci homens de carácter a quem não era preciso exigir que assinassem uma “letra bancária” ou uma folha de “papel selado”. Conheci homens que fizeram grandes outros homens.
Nesta primeira vintena do século XXI, não podemos, em Portugal, distinguir ou apontar Homens verticalizados como os de há sessenta ou setenta anos. Temos no momento que passa a mais fraca classe política: porque não cuida dos cidadãos e muito pouco da Nação, são aventureiros, buscam dinheiro – mesmo que contaminado pela fome de alguém – empanturram-se de tudo que não lhes pertence, fazem de estúpidos os outros e não há Comunicação Social que os desmascare, que lhes façam perguntas directas mesmo que sangrem. Tudo parece perdido, tudo parece corrompido.
Abriga-se esta actual classe política, em Partidos políticos. Organizam-se lá dentro. Como as aranhas tecem a teia, apontam alvos a conquistar e de quando em vez, surgem as bombas que abalam o país: desvios de dinheiro, lucros rápidos e indevidos, negociatas sem luz, injustiças. Tudo se faz na maldosa escuridão, menos resolver o que nos abala, o que nos faz pendentes e subservientes de alguém.
Neste país, todos os debates para fins eleitorais, têm o mesmo fim: apontar defeitos ao adversário, enterra-lo chão-adentro, coscuvilhar até à exaustão e fazer dos eleitores tontos/palermas, povo sereno ou gente que apenas lhes basta as migalhas que caem abaixo das suas mesas.
Sente-se bem: os portugueses não querem estas eleições de 18 de Maio próximo. O povo está cansado de medíocres na vida nacional; de “esfomeados” que se alimentam pela calada da noite, de madraços que não têm pernas para andar nem mãos para trabalhar e, como as cobras, rastejam.
Os debates são, sempre foram uma farsa. Nada esclarecem, nada dizem do que vão fazer concretamente, prometem o que sabem não ser possível e, no fundo, no fundo, são sagazes. Estes debates políticos para eleições, são a vergonha da política portuguesa, a falta de respeito legalizada contra o povo que vota, são o verdadeiro íman-negativo que desvia dos caixotes televisivos o povo, porque a farsa, a mentira e a podridão proporcionam a vontade de fugir para efeitos vomitivos.
Anunciam nos debates, estes aprendizes da democracia, que os portugueses vão ser o povo mais feliz da Europa; o povo que mais direitos vai passar a ter; que menos deveres terão; que menos trabalharão em prol do capitalismo e anunciam que a partir de 18 de Maio de 2025, seremos um país de distribuição de tudo para todos e jamais de produção: o Estado é que vai passar a produzir, mas sem fazer calos a ninguém.
E sendo o Estado a “produzir”, teremos 500 euros para cada bebé nascido a partir de Maio/2025; bens alimentares essenciais com Iva zero; semanas com menos dias de trabalho; salário mínimo nacional, a partir de 1.110 euros, será a grande realidade… porque, o Partido político manda, o povo obedece e a Europa manda, garantindo os defensores da distribuição e não da produção que a Troyca jamais entrará ou fiscalizará Portugal.
Estas são as políticas portuguesas. Estes são os políticos destes últimos 60/70 anos. Estes são os debates políticos – paupérrimos, ocos e indisciplinados - que formam e informam os portugueses. Este é também o povo que, no fundo, no fundo, somos.
(O autor não segue o acordo ortográfico de 1990)