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Boa Páscoa!

A Páscoa não findou no Domingo passado. Felizmente, vai continuar por mais algumas semanas. Para os que acreditam, os encontros com o Ressuscitado vão suceder-se, ainda que com a ajuda da leitura de textos bíblicos e animados pelo Espírito. Dar-nos-á tempo para fazermos acertos para o futuro. Se acreditarmos, vamos poder fazer mais por nós próprios e pelos outros. Nós, os crentes, temos obrigação de dar testemunho. Nenhum exemplo podemos dar sem a luz da Páscoa. Só com ela que podemos ser uma mais valia. Faço votos para que os leitores do Diário do Minho continuem a viver e a beneficiar do período pascal. E “regressem a casa”, cientes e convencidos de que pela frente continua a haver grandes desafios, mas que vale a pena abraçá-los, agora com uma nova luz e uma nova esperança.


 

O tempo continua propício a dirigirmos, pelos mais diversos meios, mensagens de ânimo e de encorajamento aos nossos amigos e conhecidos; e também aos responsáveis políticos, conhecidos e desconhecidos, ainda mais neste interregno, após o qual escolheremos directamente os nossos representantes e indirectamente o governo que vai gerir os destinos do país num futuro próximo, supostamente durante quatro anos - uma legislatura completa -, ou pelo maior tempo que as condições políticas o permitirem. Que não nos transmitam ameaças, mas mensagens de esperança. Os resultados, mas sobretudo o futuro, vão depender muito disto. A configuração dos timoneiros resultará dos votos que cada força partidária receber dos eleitores. O povo será sempre testemunha se estiver atento ao que se passar no seu lugar, na sua terra, no país. E será decisivo para um futuro melhor de toda a comunidade.


 

Entretanto, a pré-campanha para as legislativas de Maio tem sido vazia, o que pode não ser mau de todo. Vale mais não dizer nada do que nos distraírem com disparates ou com estórias que pouco interessam à maioria dos portugueses. Sabemos o que tem acontecido no país. Já não era de elogiar o que nos era oferecido e muito menos o que não nos era resolvido. Mas, desde que iniciaram as novelas sobre o património de Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, tudo ficou pior. Há as urgências vazias de médicos e as escolas sem professores e outros profissionais, mas que ocupam muito menos tempo nos noticiários e nos comentários do que a repetição até à náusea de argumentos sobre os bens materiais dos responsáveis dos dois maiores partidos portugueses. Somos testemunhas do pouco investimento que os partidos têm feito em propostas sérias que apresentam para o país e do que sendo feito não é frequentemente bem percebido pelo cidadão comum. Muita retórica e insuficiente explicação do que significam os termos usados. Tenho a certeza de que a maioria dos portugueses gostariam de testemunhar boas iniciativas e melhores concretizações para si, para os seus familiares e para o povo em geral. Sem exemplos, é difícil acreditar, mas os portugueses gostariam e anseiam por uma vida nova. Têm esse direito e merecem melhor do que têm tido. Será que vão poder contar com a conversão dos que os têm governado ou virão outros com respostas mais satisfatórias? Ainda que não se saiba, todos somos chamados, crentes e não crentes nos que se apresentam a representar-nos, a estar suficientemente despertos e activos. Os testemunhos são sempre importantes e até imprescindíveis em tempos difíceis ou de crise. 

Continuação de boa Páscoa!

Luís Martins

Luís Martins

22 abril 2025