A Saúde, ainda é um dos grandes problemas do país. E é para continuar. E sem uma justificação bem plausível. Parece ser um dossiê irresolúvel. Promessas existem. E com fartura. O “Agora é que vai ser” está sempre na primeira linha! É o que dizem.
Cada governo, na tomada de posse, apresenta o seu pacote de intenções, de propostas, de soluções. A seguir, vem a colocação de altíssimos peritos no Ministério da Saúde para fazer de conta que vão actuar na raiz do problema. E não tem faltado técnicos com largas experiências no sector para o degolar. E nada! Tudo na mesma. O país, realisticamente, não tem que aguentar esta triste e revoltante situação.
1 - Neste jogo de difícil compreensão, basta olhar-se para as unidades de Saúde que rodeiam o Baixo Minho, por exemplo, para não se entender as listas de espera para cirurgias, para consultas de especialidade e no acesso ao médico de família. E esta realidade repete-se em todo o país. Unidades de Saúde existem e dinheiro parece haver com fartura. Daí ser fácil de inferir que tem sido um autêntico desperdício de recursos humanos e financeiros assistir à ineficiência nacional no que respeita à Saúde dos portugueses.
2 - Causa dó ver nos canais televisivos gente à espera de consulta que se levantou às quatro ou cinco horas da manhã! Dá dó ver aquelas filas enormes de pacientes que pacientemente esperam por uma senha! É revoltante ver o triste espectáculo de haver um milhão e mais umas centenas de milhares de pessoas sem médico de família!
Contudo, vamos a factos. Consideremos, como amostra, o potencial da cidade de Braga e da área circundante. Em Braga existe um grande hospital público, pelo menos, três hospitais privados e umas tantas clínicas. Guimarães idem aspas. Famalicão idem aspas. Vila Verde a mesma coisa. Póvoa de Lanhoso igualmente. E poderíamos continuar a enumerar todas as localidades que possuem unidades de Saúde. Além disso, as unidades existentes são modernas, bem apetrechadas de equipamento sofisticado e com médicos e enfermeiros suficientes para se prestar serviços de qualidade.
3 - Então, qual é o problema da ineficácia e destas enormidades de listas de espera? A resposta nada tem de complexo. Nem se pode associar quaisquer factores de organização, uma vez que, nestes termos, se continuam a testar todas as formas e reformas de se resolver ou atenuar este intrincado problema.
O problema é simplesmente ideológico. A esquerda não deixa, não permite que a causa da Saúde seja resolvida. Fixou-se a esquerda retrógrada no “Serviço Nacional de Saúde” como único prestador de serviços, sabendo que o SNS não tem capacidade de satisfazer em tempo útil e em qualidade as necessidades das pessoas. O SNS, importante nesta equação, sem dúvida, precisa de ajuda para estar ao serviço da Saúde e dos portugueses. A esquerda não percebe isto. Não percebe que, por mais dinheiro que se injecte no SNS, como fez o dr. Costa, os problemas não se resolvem. Até se agudizaram. Os Privados têm essa capacidade montada para ajudar o SNS. Basta negociar e aproveitar todo o potencial da Saúde Privada e acabar de vez com o flagelo das listas de espera. Tudo isto custaria muito dinheiro? É verdade! Para suprir, cortem nas gorduras do Estado. O dinheiro está lá e é muito mal aplicado. Haja coragem!
4 - Enquanto a ideologia meter o nariz na Saúde, nunca os portugueses terão a Saúde que merecem e que precisam. Depois, há por aquelas bandas, as vozes peregrinas que afirmam a pés juntos que a Saúde não é negócio. Esta é uma das maiores parvoíces da esquerda. Se assim fosse, a alimentação não seria negócio. A Educação a mesma coisa. A água também. Ou seja, teríamos uma sociedade dominada 100% pelo Estado. Este tipo de regime colapsou para sempre e só originou pobreza, miséria, atraso e uma oligarquia temerosa e perigosa.