Chegou novamente à política portuguesa “o rei das farturas”? Prato requentado para alguém que goste de sobras. Nuno Santos está de cabeça perdida e num ato de desespero, promete a lua sem nos dizer donde vai buscar o dinheiro para aquela caterva de benesses. Esta bebedeira ou esquizofrénica deve ter sido causada pelas sondagens. Não lhe são favoráveis, embora razoáveis para quem num passado recente foi posto fora do governo PS por impertinência política. Perante o “bacalhau a pataco” por que não o deram quando eram governo?! Tinham disponibilidade orçamental, como justificam que nada fizessem?! Perplexidades. Nuno Santos, à falta de melhores argumentos, abre a caixa das farturas. Não há mal nisso, mas há mal, muito mal em enganar os portugueses com promessas que pode não poder cumprir. Os tempos incertos que estamos a viver não deixam ter certezas de nada. Então para que prometem? Tenha mão na torneirada; a gente já tem meio século de experiências de promessas vãs, ganhamo-las por saber que, em tempos de eleições, até se compra o eleitorado com frigoríficos. Lembram-se disto? Eu lembro-me bem dessa estratégia, não é que os pobres não precisassem deles, mas quando a esmola é grande o pobre desconfia. Ou como dizia o outro, quando o pobre come galinha um dos dois está doente. Portanto fica-lhe mal, deixa o PS em maus lençóis quando apresenta um pacote eleitoral que mais parece o dos frigoríficos. Os votos não se compram, merecem-se e, se se compram, em pouco tempo os beneficiados mudam para o lado de quem dá mais. Governar não é senão distribuir mas quem dá mais do que tem a pedir vem. Depois é comprar liberdade porque qualquer eleitor que aceita um presente para votar, deixa de ser livre. Quem vota comprado, vota enganado. E depois nunca se esqueçam, escrevo para toda a demagogia, quem promete faz dívida e assim se compromete. E é por estas e outras de igual jaez que a democracia está a perder valor porque cheira a imitação de uma jóia que já foi verdadeira.