As doenças neurodegenerativas representam um desafio crescente para a saúde global, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Neste cenário, a Fisioterapia é uma aliada crucial na abordagem a estas condições, desempenhando um papel significativo na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Duas das doenças mais comuns neste contexto são a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer. Estas são muitas vezes confundidas, mas, no entanto, apresentam, características muito dispares.
Assim, a doença de Alzheimer está mais associada a problemas cognitivos, como perda de memória e confusão, dificuldade em realizar tarefas cotidianas e desorientação no tempo e no espaço. Por sua vez, a doença de Parkinson está mais relacionada com sintomas motores, como tremores e rigidez, com a face a tornar-se mais rígida e a postura a ficar comprometida assim como o equilíbrio. Ambas as doenças são progressivas e afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes, mas com bases neurobiológicas e manifestações clínicas distintas.
A intervenção do fisioterapeuta é aplicável em ambos os casos com o foco na manutenção da mobilidade, coordenação motora e equilíbrio de modo a contribuir para retardar o avanço dos sintomas e preservar a independência dos indivíduos.
Por exemplo, no caso da doença de Alzheimer a estimulação cognitiva e motora é crucial para a manutenção das capacidades cognitivas e prevenção do declínio funcional.
No caso da doença de Parkinson a melhora da postura e minimização da rigidez são objetivos do Fisioterapeuta. Para tal este pode recorrer a programas de exercício adaptados às necessidades de cada utente ou até integrar tecnologias inovadoras, como a realidade virtual e a gamificação sendo que ambas têm mostrado eficácia na motivação dos pacientes e consequentemente aumentam a adesão aos programas de reabilitação.
Com o objetivo major da melhoria da qualidade de vida a Fisioterapia aponta a estratégias que permitam a melhoria da condição física e emocional que são fundamentais de modo que os utentes consigam enfrentar o impacto psicossocial destas condições.
Num contexto onde as doenças neurodegenerativas representam um desafio complexo, a fisioterapia emerge como uma ferramenta valiosa na promoção da funcionalidade e no apoio global aos pacientes. O papel holístico do fisioterapeuta, combinando técnicas físicas e suporte emocional, destaca-se como um elemento essencial no tratamento destas condições, oferecendo esperança e melhor qualidade de vida para aqueles afetados.
