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1.º de Maio e Trabalhadores Honestos Enganados pelo €

Em 28/2/14 publicámos o título “A Justa Causa no Despedimento”. Aí referimos a importância fulcral do art. 53º da CRP-Constituição da República Portuguesa, o qual tem por título “Segurança no emprego”: “É garantida aos trabalhadores a segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos políticos e ideológicos”. Não foi o 1º nem será o último. Trabalhadores Honestos, contem connosco, incluindo a legítima defesa e o contra-ataque. Em 2/5/14, publicámos “Será preciso lembrar que o 1.º de Maio nasceu em Chicago-EUA?!”; 1/5/15: “1.º de Maio e Sistema Fiscal”; 6/5/16: “1.º de Maio e segurança no emprego”; 20/5/16: “1.º de Maio e segurança no emprego II”; 5/5/17: “1.º de Maio-dia de S. José Operário, sem Patins!”; 4/5/18: “Cortes nos salários perigam o Estado de Direito: novo 1.º de Maio?”. Nestes artigos deixamos bem clara qual a nossa posição. Note-se contudo, como aprendemos com os nossos Mestres e Outros Autores, todos os direitos e deveres fundamentais, em especial os direitos (e deveres), liberdades e garantias, nunca estão adquiridos para sempre, pelo que a vigilância tem que ser contínua. 24hrs por dia, é preciso estar muito atento, pois há sempre alguém, por vezes “com boas intenções” – das quais, bem o sabemos, “o inferno está cheio” e não falta quem “venda a alma ao diabo” por tuta-e-meia –, que tenta passar rasteiras em ambiente de trabalho e, portanto, em contexto Constitucional. Exemplos. Em 29/2/19, o Jornal de Notícias, por P. Araújo, noticiava as conclusões do estudo do insuspeito “think-tank” alemão com o título de “Cada português perdeu 41 mil euros com a introdução do euro”. O estudo chama-se "20 Years of the Euro: Winners and Losers", da autoria de A. Gasparotti e M. Kullas. Um francês perdeu quase 56 mil: ainda se admiram com os “coletes amarelos”?!; um italiano mais de 73 mil: ainda se admiram com os ‘populistas’?!; um belga mais de 6 mil; um espanhol mais de 5 mil; enquanto um alemão ganha mais de 23 mil Euros; um holandês mais de 21 mil; etc.; tudo contabilizado desde a introdução do Euro. Entre 1999 e 2017, sendo que Portugal foi em 2002. Diz ainda o estudo que “Portugal beneficiou apenas marginalmente do euro nos primeiros anos após a sua introdução’”. A isto some-se a inflacção real que todos sentimos ao comprar bens essenciais como alimentos, água, luz, combustíveis, impostos, sejam taxas ou não, etc.. Até para estudarmos temos que pagar no sector público em Portugal, quando a aposta na Educação Primária, Secundária e Superior, é investimento no país profundo. E ainda alguém tem a lata de dizer que não tem que haver aumento de salários? Ou que só algumas “classes profissionais” devem ser aumentadas? Concilie-se agora tudo isto com os direitos e deveres fundamentais à vida familiar e profissional. Não esquecendo que o recuo demográfico em Portugal – onde as grávidas continuam a ser perseguidas e a mortalidade infantil tem-se acentuado – é porventura o ataque mais perigoso ao presente e futuro do próprio país. Outro exemplo: excelente o artigo no Público de David Pontes com o título de “O mundo negro dos burocratas invejosos”, 26/3/19. É que o respectivo conteúdo aplica-se a muitas histórias que p.e. se conhecem dentro e fora dos sindicatos. “Eu é que sou presidente da Junta!”, diz o burocrata convencido da grande importância das funções mesquinhas que exerce, mesmo que para isso não tenha sequer habilitações – julgando porventura que é um génio -, até tem a lata de ameaçar colegas com o processo disciplinar. Mas cuidado, pois pressionar, ainda que “com boas intenções” e em nome das estatísticas, a passagem v.g. de alunos(as) que são casos claros de falta de estudo e de honesta reprovação, é pressionar a actos de corrupção, é crime… Assim como burocracias excessivas para que os próprios professores e investigadores não se possam actualizar e fazer currículo são contra o Interesse Público.
Autor: Gonçalo S. de Mello Bandeira
DM

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3 maio 2019