Em causa estão «critérios de orientação pastoral» para aplicação do capítulo VIII da Exortação Apostólica ‘Amoris Laetitia,’ do Papa Francisco, “Acompanhar, Discernir e Integrar a Fragilidade”.
Na conferência de imprensa, em que participa o Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, serão apresentados dois textos: a Carta Pastoral "Construir a Casa sobre a Rocha" e o "Documento Orientador da Pastoral Familiar" da Arquidiocese de Braga.
«A Carta Pastoral aborda a educação para a alegria do amor na família, a preparação para o matrimónio e o acompanhamento dos jovens casais», explica o comunicado.
Em novembro do último ano, a Arquidiocese de Braga tinha anunciado a constituição de um grupo para acompanhamento dos cristãos divorciados recasados, admitindo a possibilidade de acesso aos sacramentos, «de acordo com um processo de discernimento individual».
A resolução foi aprovada, «por unanimidade», no Conselho Presbiteral, onde foram definidas orientações para a renovação da Pastoral Familiar.
O grupo que irá acompanhar os divorciados que vivem em nova união será composto por leigos e sacerdotes.
«Para além de informar e aconselhar sobre processos de declaração de nulidade do matrimónio, a equipa irá acompanhar cada caso, para que após um processo de discernimento pessoal seja reavaliado o acesso aos sacramentos e a possibilidade de virem a ser padrinhos/madrinhas», adiantava uma nota publicada pela Arquidiocese de Braga.
O Papa propõe na sua exortação apostólica sobre a família, "Amoris Laetitia", publicada em 2016, um caminho de «discernimento» para os católicos divorciados que voltaram a casar civilmente, sublinhando que não existe uma solução única para estas situações.
O objetivo da resolução assumida pela Arquidiocese de Braga passa por integrar as pessoas na comunidade cristã após um «verdadeiro processo de discernimento», que conduzirá a «uma conversão, um trabalho sério da consciência».
«Há que evitar dar a entender que se trata de uma ‘autorização’ geral para aceder aos sacramentos. De facto, trata-se de um processo de discernimento pessoal, no foro interno, acompanhado por um pastor com encontros regulares, que ajuda a distinguir adequadamente cada caso singular à luz do ensinamento da Igreja», pode ler-se no documento intitulado "Construir a Casa sobre a Rocha".
As linhas orientadoras para a aplicação da "Amoris Laetitia" reforçam a importância e responsabilidade da Pastoral Familiar na preparação matrimonial e no acompanhamento dos casais nos primeiros anos de vida conjugal.
Autor: Agência Ecclesia
Arquidiocese de Braga divulga proposta para acompanhar divorciados em nova união civil

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Publicado em 13 de janeiro de 2018, às 17:42