O Conselho Pastoral da Arquidiocese de Braga reuniu-se, hoje, no Centro Pastoral e Cultural, com o objetivo de concluir o atual mandato. A sessão foi presidida pelo bispo auxiliar de Braga D. Delfim Gomes, e contou com a presença dos membros representante dos diversos organismo pastorais da Arquidiocese.
Segundo o padre Sérgio Torres, primeiro secretário do Conselho Diocesano Pastoral, a reunião teve como propósito encerrar o ciclo do atual Conselho e preparar a constituição do novo órgão à luz do novo Estatuto do Conselho Pastoral da Arquidiocese e da reorganização da pastoral em curso.
«Diante das normas do Estatuto e da reorganização das comissões, dos departamentos, etc., entendemos que seria mais coerente termos um Conselho Pastoral alinhado com aquilo que a Diocese tem neste momento, do que termos algumas pessoas em falta que já não fazem parte de alguma departamento, de alguma comissão», explicou o responsável.
O novo Conselho Pastoral deverá ser apresentado após a Assembleia Arquidiocesana, agendada para o dia 29 de novembro, em Vila Nova de Famalicão, de modo a entrar em funções ainda antes do fim do ano.
«Em janeiro, haverá uma reunião dos Conselhos Pastorais de Portugal em Fátima e seria bom que tivéssemos já um Conselho Pastoral organizado e preparado para nessa reunião colhermos os bons frutos, as bênção, do que está a acontecer na Igreja em Portugal», afirmou o padre Sérgio Torres.
Avaliação de percurso e preparação para o futuro
Durante a reunião, os conselheiros fizeram uma avaliação do percurso realizado nos últimos anos, tendo o bispo D. Delfim Gomes agradecido o seu trabalho.
Entre os principais pontos estiveram o acompanhamento do processo sinodal em curso, promovido pelo Vaticano, e a implementação do programa “No Caminho de Páscoa”, uma proposta de renovação pastoral lançada pelo Arcebispo Metropolita de Braga. D. José Cordeiro.
«Este Conselho acompanhou praticamente todo o processo sinodal que a Diocese fez com aquilo que vinha do Secretariado do Sínodo de Roma, e também participou na elaboração e implementação dos trilhos do Caminho de Páscoa, que está a orientar a nossa renovação pastoral», referiu o padre Sérgio Torres.
Na reunião foi pedido aos conselheiros sugestões de melhoria para o futuro, de modo a que haja uma maior clarificação do papel e missão dos membros do Conselho Pastoral.
«É importante que cada membro saiba qual o seu papel, o que se espera dele e que contributo pode dar à vida da sua comunidade, do seu arciprestado», acrescentou o sacerdote, sublinhando que o Conselho pastoral é um «órgão consultivo com um peso muito grande na vida da Diocese».
Na sessão de apresentação do Estatuto do Conselho Pastoral , a Arquidiocese irá indicar o que é espera dos novos membros, ou seja quais são as sua expetativas em relação à sua missão, e os conselheiros também terão oportunidade de dizer o que esperam neste percurso vivido de modo sinodal.
“A missão da Igreja alicerça-se em Jesus Cristo”
O bispo D. Delfim Gomes, na sua intervenção, agradeceu o empenho e dedicação de todos os conselheiros, reconhecendo o seu trabalho nas comunidades, movimentos e organismos diocesanos.
«O trabalho da Igreja está alicerçado em Jesus Cristo. É Ele que dá consistência à missão dos agentes pastorais. A missão fundamental é configurarmo-nos cada vez mais com Cristo», afirmou o bispo auxiliar, sublinhando que «mesmo nas tempestades, estando com Ele e com o Seu Espírito, conseguimos ultrapassar as dificuldades».
O prelado destacou ainda que a Arquidiocese vive um tempo de mudança e reorganização, que requer escuta, paciência e discernimento.
«Podemos organizar novos métodos e estilos de trabalho, mas é preciso tempo para que todo o corpo eclesial — párocos, conselhos económicos, catequistas, agentes de pastoral — caminhe em unidade e estilo sinodal. O Espírito Santo fala por nós e em nós, e é importante dar espaço e tempo», referiu D. Delfim Gomes.
O bispo auxiliar concluiu recordando o exemplo de Santa Teresa de Calcutá, como símbolo de serviço e amor gratuito, e incentivou os conselheiros a continuem a dar testemunho de fé, «estejam onde estiverem».
«Deixemos que o Espírito fale em nós, não amordacemos, dê-mos espaço e tempo para que Ele faça o seu trabalho na nossa mente, no nosso coração», apelou.