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Jornadas de Viana apontam necessidade de novos modelos para inclusão dos mais pobres

Jornadas de Viana apontam necessidade de novos modelos para inclusão dos mais pobres
Fotografia DR

Redação

Publicado em 05 de dezembro de 2024, às 10:01

D. João Lavrador teme que cristãos ainda “virem a cara” aos mais desprotegidos.

Os cristãos devem sentir a «obrigação» de se deixarem «surpreender» pelos «pobres», pelos «marginalizados» e de modo especial «pela pessoa em condição de sem abrigo». Foi a ideia central defendida na última sessão das Jornadas Diocesanas de Pastoral realizadas na Diocese de Viana do Castelo. O evento, que decorreu no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, teve como mote “Rostos de Cristo” e ficou marcado pela defesa de «novos projetos e novos modelos de intervenção para apoiar pessoas que, no mundo de hoje, são e estão marginalizadas», destaca uma publicação da Diocese.

Citando a direção das Jornadas, a publicação diocesana sublinha que «de acordo com um dos elementos da direção, “é uma obrigação, enquanto cristãos”, surpreender-se com o pobre, o marginalizado, mais especificamente, a pessoa em condição de sem-abrigo». É que «muitas vezes, não olhamos para essas pessoas», continua a publicação, citando Álvaro Campelo, que destacou a importância de se falar sobre o tema. 

«Os oradores convidados exercem um papel a nível nacional e têm uma experiência na área e, portanto, as suas partilhas iriam enriquecer a Diocese com novos projetos e modelos de intervenção», explicou o responsável, precisando que o objetivo do Instituto Católico de Viana do Castelo, organizador das jornadas, teve como objetivo «trazer vozes nacionais de incentivo à igreja, desde o clero aos leigos, nas atividades de apoio às pessoas que são e estão marginalizadas». 

Conforme vincou Álvaro Campelo, as comunicações mostraram que «os Rostos de Cristo não são uma preocupação para a maior parte da igreja».

Trata-se de uma realidade a que a diocese de Viana do Castelo não é imune e que preocupa o bispo diocesano. «Estamos muito influenciados pelo sucesso, poder e de um certo fascínio por aquilo que são as realidades materiais e a Igreja pode estar um pouco afetada com essa realidade e não se colocar numa voz profética e, sobretudo, em gestos proféticos», disse D. João Lavrador. Citado na publicação, o prelado vianense sublinhou a importância de novos projetos que promovam o encontro com o outro. «É realmente importante e, provavelmente, não lhe estamos a dar o lugar que deveria ter», resumiu.