O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, disse hoje que a criação do Mosteiro Trapista do Palaçoulo, em Miranda do Douro, é a concretização de um «sonho de Deus» que começou a ganhar forma em 2016.
À altura, bispo de Bragança-Miranda, o Primaz das Espanhas presidiu à inauguração do mosteiro e recordou que foi a determinação das monjas que garantiu às terras nordestinas o «oásis de paz» onde agora se manifesta «a beleza silenciosa».
A oito anos de distância, e na inauguração do projeto monástico que nasceu no “coração” da Igreja Católica, D. José Cordeiro disse que não teve a menor dúvida sobre os benefícios da instalação de um Mosteiro Trapista em terras transmontanas. «Aceitei imediatamente o desafio para esta Diocese, que tem como padroeiro o pai S. Bento. As Irmãs pediam um terreno e água», recordou o agora Arcebispo de Braga, que propôs às monjas três lugares para a instalação do mosteiro: Seminário de Vinhais, Cortiços e Ribeirinha.
As propostas enviadas à Abadessa seriam recusadas, porque as localizações sugeridas «não garantiriam o estimado e estimável silêncio monástico». O então bispo de Bragança-Miranda manteve a disponibilidade para colaborar no projeto e abriu a porta a que o «enorme dom para Portugal» fosse concretizado numa outra diocese.
Mas perante a determinação das Irmãs, que deixaram claro que «não queriam desistir deste processo em terras nordestinas», a Diocese de Bragança-Miranda encontraria uma solução que correspondeu às exigências das monjas. «Damos profundas graças a Deus pelo Seu sonho em concretização aqui e agora», disse hoje D. José Cordeiro, sublinhando que «os sonhos fazem-nos voar alto; cultivam a esperança; desejam a beleza; tornam reais as coisas impossíveis». E porque «sonhar é a voz do amor», o sonho que nasceu em Roma concretizou-se em Miranda do Douro.