No final de quatro dias de trabalhos em Assembleia Plenária, os bispos católicos portugueses analisaram, nomeadamente, “a realidade dos migrantes que chegam ao (…) país em busca de uma vida melhor e a dificuldade das instituições em dar uma resposta adequada ao seu acolhimento e inclusão”.
Para o episcopado, “é necessário ir além das respostas de emergência”, pelo que a Igreja, que tem instituições “com larga experiência no acolhimento, proteção, promoção e inclusão de migrantes e refugiados, manifesta a sua disponibilidade para cooperar com os organismos estatais, a quem compete a construção de um plano que contribua para criar condições justas e dignas da vida dos milhares de imigrantes que chegam a Portugal”.
Na mesma reunião, e tendo em conta os 50 anos da Revolução do 25 de Abril, a Assembleia Plenária “aprovou uma nota pastoral de congratulação que reflete o caminho percorrido pela sociedade portuguesa, de que a Igreja faz parte, e reconhece tudo o que de positivo se conseguiu no Portugal democrático”.
“Na senda da liberdade, sem esquecer a justiça social e a responsabilidade em função da dignidade humana e do bem comum, somos chamados, hoje, a retomar os valores de Abril no sentido da democratização do país, do fim da guerra e do desenvolvimento geral. Há ainda muito por fazer, para que os fundamentos da democracia não sejam postos em causa”, consideram os bispos.