Os primeiros dias de trabalhos na XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos estiveram centrados na formação, no papel das mulheres na Igreja, na pobreza, nas migrações e nos abusos, adiantou o prefeito do Dicastério para a Comunicação.
Numa conferência, sexta-feira, na sala de imprensa da Santa Sé, Paolo Ruffini disse ainda aos jornalistas que foi distribuído pelos participantes no Sínodo um livro do Pa- pa que contém duas intervenções – uma já após a eleição pontifícia e outra do então cardeal Bergoglio – sobre os temas da santidade e da corrupção, com uma introdução inédita.
Na introdução deste livro, Francisco realça que «a luta pela qual se combate como seguidores de Jesus é, antes de tudo, contra o mundanismo espiritual, que é o paganismo disfarçado com vestes eclesiásticas».
A formação «de todos» os cristãos a partir dos seminários, depois dos sacerdotes, dos leigos, dos catequistas; o papel das mulheres, dos leigos, dos ministérios ordenados e não ordenados; a centralidade da Eucaristia; a importância dos pobres «como opção da Igreja» e as tragédias das migrações e dos abusos e também dos cristãos que vivem em condições de perseguição e sofrimento foram temáticas refletidas, entre a tarde de quinta e a manhã de sexta-feira pelos mais de 350 membros da Assembleia Geral do Sínodo sobre a sinodalidade, divididos em 35 círculos menores.
A revisão das estruturas da Igreja, como o Código de Direito Canónico e a dimensão da cúria romana também são temas a refletir nos trabalhos de grupos linguísticos (círculos menores).
Quanto ao fenómeno migratório, foi reiterada «a necessidade do acompanhamento» dos migrantes; sobre o papel da mulher foi relançada «a importância da promoção da figura feminina na Igreja e da sua participação ativa nos diversos processos».
A sessão da manhã de sexta, na qual esteve presente o Papa Francisco, foi dividida em dois momentos: o primeiro com 18 relatórios, dos relatores dos vários grupos na assembleia, e o segundo com 22 intervenções individuais de três minutos; a cada quatro intervenções, havia uma pausa para silêncio e oração.
A assembleia dirigiu um pensamento «àqueles que não puderam participar no Sínodo, porque foram perseguidos ou por graves motivos de crise no mundo».
O pensamento centrou-se na «Igreja que sofre na Ucrânia», acrescentou Paolo Ruffini.