O bispo de Viana do Castelo, D. João Evangelista Pimentel Lavrador, preside esta sexta-feira, dia 18 de agosto, à Procissão Solene em Honra de Nossa Senhora da Agonia. Aquela que é a celebração religiosa mais intensa e dramática das festividades em honra de Nossa Senhora d’Agonia sai pelas 16h00 do Santuário dedicado a Nossa Senhora d’ Agonia.
«A cidade «de Viana do Castelo] pára e silencia-se num profundo momento de devoção e respeito. É o momento mais religioso que integra o programa da Romaria d’Agonia desde que há memória», assinala a síntese da edição de 2023 das festividades. A publicação editada pela Comissão de Festas precisa que «é tradição que os moradores cubram as suas varandas com colchas e atirem flores das janelas ao passar da procissão, recebida em cumplicidade e respeito».
«As imagens de Nossa Senhora dos Mares, Nossa Senhora da Assunção, Nossa Senhora Monserrate e a do Senhor do Aflitos, vindos da igreja de S. Domingos, vão ao encontro do andor de Nossa Senhora d’Agonia, que as aguarda no santuário», descreve o documento.
«Por entre o esforço e a fé dos homens que os carregam, os andores percorrem as ruas da cidade, juntamente com mais de uma centena de figurantes que dramatizam diversos quadros bíblicos», continua a descrição, para destacar que esta é «uma manifestação de fé sentida e partilhada por milhares de pessoas que assistem num exemplar silêncio». A emoção das pessoas que se juntam na envolvente do santuário, aplaudindo e atirando flores à imagem de Nossa Senhora d’Agonia, que se recolhe olhando para a Ribeira, marca esta procissão.
Com uma matriz acentuadamente materna, a Procissão Solene em Honra da Senhora d’Agonia tem a espeficicidade se ser essencialmente organizada por mulheres de pescadores. São elas que transportam um dos andores emblemáticos da procissão, ao longo de uma extensa caminhada de fé que percorre praticamente todas as ruas do bairro dos pescadores vianenses. O momento mais intenso da procissão ocorre na encenação do encontro do andor da Senhora d’Agonia com o andor de Cristo crucificado, sendo que este é carregado aos ombros por pescadores que trajam a indumentária clássica dos homens do mar.