Na manhã em que o Papa Francisco levou o espírito da Jornada Mundial da Juventude ( JMJ) ao Santuário de Fátima, o Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas ligou a espiritualidade mariana à esperança que a Igreja e o mundo depositam nos jovens que estão a participar na JMJ, que decorre em Lisboa. O Sumo Pontífice foi ao Santuário Mariano rezar o Terço com jovens reclusos, jovens deficientes e peregrinos da Jornada Mundial da Juventude. Minutos depois do fim da oração presidida pelo Papa, na Capela das Aparições, o Arcebispo de Braga presidiu à celebração eucarística das 11h00, no Santuário mariano. Com os olhos postos na dinâmica gerada pela Jornada Mundial da Juventude, D. José Cordeiro focou nos jovens boa parte da reflexão da sua homilia.
«Os jovens e a paz caminham juntos. Os jovens desafiam-nos nos caminhos da ecologia integral, nos caminhos da fraternidade universal e da amizade social e nos caminhos sempre novos da aventura divino-humana de transformar os muros em pontes. Como Maria, aprendamos a ver com os olhos do coração e suplicamos-lhe: “esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei”». Notando que «no coração da 37ª Jornada Mundial da Juventude, o nosso querido Papa Francisco faz-se peregrino de Fátima para rezar com os jovens doentes», o Prelado Bracarense apontou a um «horizonte de esperança», sublinhando a ideia de que a Jornada Mundial da Juventude surge para o mundo como uma espécie de «sacramento» promotor da fraternidade.
«Nesta JMJ, qual sacramento a fraternidade e da amizade, alargamos o horizonte da esperança e rezamos pelos jovens que estão a participar ativamente na JMJ em Lisboa, pelos jovens reclusos, pelos jovens deficientes, pela paz».
Jovens devem trocar os medos pelo sonho
Com a Jornada Mundial da Juventude a caminhar para o fim, o Arcebispo de Braga fez um apelo especial aos jovens peregrinos da JMJ, que acaba amanhã em Lisboa.
«Caríssimos jovens, não volteis desta casa da Mãe daPaz e da JMJ sem fazer a pergunta: Que quer Deus de mim? Ou melhor, Senhor, que queres de mim?», exortou D. José Cordeiro, apontando para a missão evangelizadora a que é chamado todos os que são interpelados por uma Igreja sinodal. «Peregrinamos a Fátima e daqui partimos apressadamente para os caminhos da missão evangelizadora da Igreja sinodal e sejamos artesão da paz e da fraternidade», destacou o Arcebispo Metropolita de Braga, para deixar aos jovens peregrinos um novo repto: trocar os medos pelos sonhos. «O silêncio do coração é o lugar do encontro e da escuta! Felizes os que encontram neste lugar a Paz! “Por isso, tende a coragem de substituir os medos pelos sonhos: substituí os medos pelos sonhos, não sejais administradores de medos, mas empreendedores de sonhos!”», acentuou D. José Cordeiro, fazendo suas as palavras que o Papa Francisco proferiu aquando da visita à Universidade Católica, no dia 3 de agosto.