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JMJ: Obras na parte de Loures devem estar concluídas a 20 de junho

JMJ: Obras na parte de Loures devem estar concluídas a 20 de junho
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 29 de maio de 2023, às 17:13

Falta ainda colocar pontos de água, pontos de luz, casas de banho e zonas de resíduos.

As obras para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) nos terrenos localizados no concelho de Loures devem estar concluídas a 20 de junho, segundo uma apresentação realizada esta segunda-feira, destinada a deputados municipais daquele município e de Lisboa.

Os deputados da Subcomissão sobre a Jornada Mundial da Juventude da Assembleia Municipal de Lisboa e os congéneres da Comissão eventual da JMJ da Assembleia Municipal de Loures visitaram esta segunda-feira os terrenos da parte do concelho de Loures onde se realizará, entre 1 e 6 de agosto, aquele que é considerado o maior acontecimento da Igreja Católica.

Segundo Fausto Marinho, coordenador da equipa multidisciplinar para a JMJ da Câmara Municipal de Loures, as obras, iniciadas a 24 de abril, deverão estar concluídas a 20 de junho. “Foi um processo que andou rápido”, destacou, salientando que falta, por exemplo, colocar pontos de água, pontos de luz, casas de banho e zonas de resíduos.

Em Loures são esperados 870 mil peregrinos nos cerca de 75 hectares dos terrenos na margem norte do Rio Trancão. Segundo o coordenador, vai ainda ser colocada uma vedação de dois metros de altura ao longo do passadiço que atualmente existe para evitar mergulhos no rio Trancão e também haverá vigilância das autoridades marítimas. “Todas as linhas de água serão vedadas”, assegurou.

O transporte dentro do recinto “implica andar muito a pé” e para a falta de sombras do terreno ainda não existe uma solução, embora ao longo do percurso principal estejam previstas barracas com ‘street food’. “Vamos ter de encontrar soluções para criar ambientes o mais frescos possível. É uma preocupação para a qual temos de encontrar uma solução”, tendo em conta que em zonas onde o piso é de betão e onde vão ser colocados contentores, a temperatura ambiente “pode chegar aos 40 ou 50 graus”, afirmou, destacando que há também um plano de drenagem para o caso de chuva.

Da entrada do terreno, na zona da Bobadela, até ao palco das celebrações são cerca de 2 500 metros e até ao fundo do recinto são 4 500 metros. Nesta entrada, do lado de Loures, ficará um hospital de campanha e ao longo do espaço existirão ainda sete postos médicos avançados, além de tendas para atendimento, acrescentou Fausto Marinho.

A estrada à beira rio será encerrada ao tráfego, porque servirá para entradas e saídas de emergência, mas a principal via de evacuação será o Itinerário Complementar 2 (IC2). A ponte da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), que liga os concelhos de Loures e de Lisboa, vai servir para os peregrinos circularem entre os dois municípios, “mas com restrições”.

No lado de Loures, o recinto vai ter 416 pontos de água (um baixo rácio de pontos de água por peregrino), 90 pontos de som e 35 torres multimédia, de onde os peregrinos mais afastados do palco poderão ver o Papa e acompanhar as cerimónias, e estão previstas 4 200 casas de banho. No âmbito da logística do evento, a Câmara de Loures espera contribuir com 408 voluntários e 56 funcionários municipais. Até agora ainda não é conhecido o plano de mobilidade para o evento, que será da responsabilidade do Governo.

A Jornada Mundial da Juventude deve trazer a Lisboa e Loures, na primeira semana de agosto, cerca de 1,5 milhões de pessoas. As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.