O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão mostrou-se ontem convicto que o setor têxtil no concelho dá sinais não só de retoma, como ainda de crescimento.
Para Paulo Cunha, o setor têxtil continua «a dar sinais que são mais do que retoma», encontrando-se «numa fase superior àquela em que se encontrava antes da sua queda».
Estas ideias foram proferidas no final de uma visita que o autarca fez à empresa "Perfil Cromático", em Mogege, no âmbito do roteiro Famalicão Made IN, onde Paulo Cunha conheceu os projetos que esta tinturaria e acabamentos tem para os próximos tempos, que a poderá levar a passar a faturação dos atuais 7 para dez milhões de euros e a aumentar o número de colaboradores.
No final da visita, e em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara sustentou que, atualmente, no seu concelho, o setor têxtil emprega menos em quatidade, mas mais em qualidade. Por outro lado, acrescentou, não é menos verdade que o setor nos dias de hoje produz mais e diferente do que produzia há 20 anos.
«Se recuarmos 20 anos, era pouco provável que uma têxtil em Famalicão pudesse ambicionar estar na linha de produção para marcas conceituadas. Isso só acontece porque há qualidade no têxtil. Há qualidade a nível empresarial e da direção, mas também há muita qualidade ao nível dos colaboradores», salientou.
Segundo Paulo Cunha, a empresa "Perfil Cromático" é, precisamente, «o exemplo de que é perfeitamente possível e desejável que este setor dê passos no sentido de se fortalecer». «Se no passado nós tínhamos aqui uma empresa que definhava, que se aproximava do fim, que chegou a encerrar do ponto de vista da laboração, que era a Mabera, agora não é menos verdade que estas pessoas perceberam que o complexo empresarial Mabera tinha todas as condições para ser bem sucedido. É por isso que, nas mesmas instalações, com os mesmos trabalhadores, se tem o sucesso que hoje podemos aqui constatar», acrescentou.
O diretor-geral da "Perfil Cromático", Nuno Oliveira, explicou, por sua vez, que a empresa tem apostado em dois tipos de mercado. Por um lado, produzindo para marcas de grande nível e, por outro, trabalhando para marcas que apostem, não só na qualidade mas, sobretudo, na quantidade.
O sócio-gerente, Dâmaso Gomes, contou por sua vez que, depois do encerramento da Mabera, o novo projeto arrancou, sabendo aproveitar os trabalhadores que ali laboravam. Atualmente, a empresa emprega cerca de 150 trabalhadores e quer atingir este ano os dez milhões de euros na faturação.
Autor: José Carlos Ferreira