Entretanto, este jornal sabe que o Hospital de Viana está na sua capacidade máxima, visto que esta "alternativa" até é vista com agrado, pois no Centro Cultural de Viana do Castelo há «mais espaço e calma» para se trabalhar. Recorde-se que na passada quinta-feira o presidente da comissão distrital da proteção civil de Viana do Castelo admitiu um crescimento exponencial de casos no Alto Minho. «Com a alteração da média de novos casos, que passou de 25, por dia, em outubro, para 85, por dia, em novembro, a nossa expectativa é que este local vai estar a acomodar gente», afirmou Miguel Alves, também autarca de caminha. Este responsável referiu que «a pressão sobre o hospital foi em crescendo, nos últimos dias», existindo, para doentes covid, quatro camas em enfermaria e três em cuidados intensivos. «À data de hoje (quinta-feira), no Hospital de Viana do Castelo, das 81 camas na enfermaria de covid apenas quatro estão disponíveis. Na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) existem 25 camas e apenas três estão disponíveis», especificou. O autarca socialista disse ainda que a situação epidemiológica no distrito de Viana do Castelo «é muito preocupante». «Neste momento, estamos com mais de quatro mil casos ativos e temos a lamentar 94 mortes. Só no mesmo de novembro e ainda não chegamos ao final do mês temos mais caso do que tivemos até ao final do mês de outubro e o mês de outubro já foi muito difícil», reforçou. A EAR foi instalada pela Câmara de Viana do Castelo, em abril, no centro cultural da cidade.
Autor: Nuno Cerqueira / Lusa