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Lar do Trabalhador em Prado tem todos os utentes e funcionários infetados

Lar do Trabalhador em Prado tem todos os utentes e funcionários infetados
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Publicado em 15 de abril de 2020, às 17:59

Famílias estão apreensivas com a situação vivida na instituição.

OLar do Trabalhador, em Prado, tem todos os funcionários e utentes infetados com a Covid-19. Em declarações ao Diário do Minho, o presidente da Junta de Freguesia de Prado, Albano Bastos, confirmou a situação, acrescentando que a maior parte dos utentes e funcionários, apesar de terem testado positivo à Covid-19, não apresentam sintomas.O presidente referiu que «o que há de mais dramático» é que as funcionárias estão esgotadas e estão dentro do lar sem poder sair. «Isso é que é o mais problemático em termos psicológicos e estão cansadas de estar lá dia e noite», afirmou. O responsável explicou que o lar não estava preparado para ter «tanta gente» a habitar as instalações.O presidente da Junta adiantou que o Município forneceu de imediato equipamento de proteção individual e que «não há falta de nada». «Criou-se aqui um grupo de apoio ao lar que é de louvar», acrescentou.Albano Bastos afirmou que a comida está a ser fornecida pelo exterior, numa parceria com o Município, e o transporte está a ser feito pela Junta de Freguesia. O presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela confirmou ao Diário do Minho que todos os funcionários e utentes testaram positivo à Covid-19.Relativamente às duas mortes anunciadas, António Vilela afirmou que estas nunca foram consideradas mortes pelo coronavírus, embora o segundo caso fosse positivo.O autarca, relativamente ao concelho, espera que os números disparem porque vão ser feitos mais testes. «Nós estamos a chamar as pessoas que estavam a aguardar pelos testes», disse.O presidente da Câmara de Vila Verde adiantou ainda que, para a semana, vão começar a rastrear outros lares do concelho. Contactada pelo Diário do Minho, a direção do Lar do Trabalhador não se mostrou disponível para prestar declarações.
Autor: Ana Marques Pinheiro e Nuno Cerqueira