Com 120 páginas dedicadas a 51 imóveis e monumentos classificados como património de interesse nacional, interesse público e interesse municipal, a Câmara de Guimarães quer «comunicar e valorizar melhor» o seu rico património concelhio.
«Este é o nosso tesouro. Temos que dar a conhecer bem o que temos de excecional aos vimaranenses e aos que nos visitam», suportou o presidente do Município, Domingos Bragança, na apresentação do novo roteiro.
O novo guia do património classificado do concelho contempla a ilustração e descrição de 21 monumentos nacionais, 27 de interesse público e 3 de interesse municipal, com destaque para os santuários e igrejas.
Trata-se do primeiro resultado do projeto “Hereditas – Inventário do Património de Guimarães”, que reunirá todo o património do concelho com o objetivo de disponibilizar publicamente toda a informação sobre os recursos existentes.
Assim, aquele roteiro pretende ser a primeira de outras medidas que Guimarães quer implementar para alargar a rota das visitas turísticas e, consequentemente, aumentar a estadia média de quem visita a cidade.
Com a nova aposta, «divulgamos, comunicamos e valorizamos melhor o nosso património. Também queremos aproveitar o enorme fluxo ao centro histórico para que este funcione como difusor, para que a permanência no nosso território seja aumentada», suportou o vereador da Cultura, José Bastos.
Ainda segundo o mesmo responsável, nesta altura, a taxa média de estadia do turista em Guimarães é de 1,6 dias, «um número positivo», sobretudo se comparado com cidades de igual ou maior dimensão, como o Porto. No entanto, os números também mostram uma significativa parcela de turistas cuja estadia é fugaz.
«Não temos capacidade para alterar rotas ou visitas, mas podemos ter ferramentas que ajudem, como estamos a fazer. E acreditamos que Guimarães, tal como o Porto, tem potencialidades para ser um ponto de ancoragem de turistas, embora saibamos que não é fácil», apontou.
A publicação sistematizada do património do concelho terá, assim, novas publicações, em breve, dedicadas às igrejas, frescos e casas brasonadas.
A aposta «permite olhar para o património como um todo e aproveitar as sinergias criadas a partir da realidade do centro histórico como Património Cultural da Humanidade, comunicando daqui a riqueza e a diversidade do património do concelho», ilustrou José Bastos.
Ainda com o propósito de aumentar a estada média do visitante e turista na cidade e no concelho, a autarquia vai, já no próximo mês de junho, reunir durante três dias com operadores turísticos e jornalistas da especialidade para mostrar «a riqueza e diversidade» da oferta patrimonial e cultural, que vai muito além do Castelo e do Centro Histórico.
A nova publicação estará disponível gratuitamente nos postos de turismo da cidade, no “welcome center” e nos principais equipamentos culturais.
Autor: Rui de Lemos