Um ano depois do início da guerra na Ucrânia, Guimarães acolhe um conjunto de 144 refugiados. O número foi avançado pela vereadora da Ação Social, Paula Oliveira, no final da última reunião do executivo municipal.
Entre os 14 milhões de refugiados contabilizados pelo Alto Comissariado para os Refugiados da ONU na sequência da invasão a larga escala movida pela Federação Russa sobre a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, há mais de 56 mil que se mudaram até agora para Portugal, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, e, desses, 144 fixaram-se em Guimarães, adiantou a vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Guimarães.
Na maioria dos casos de cidadãos ucranianos acolhidos e acompanhados pela estrutura “Guimarães Acolhe”, que junta um vasto conjunto de entidades e IPSS, destacam-se «mulheres, comfilhos menores e adolescentes, cujos maridos ficaram em contexto de guerra», ilustrou Paula Oliveira. Ainda segundo a autarca, a maior parte dos refugiados ucranianos acolhidos em Guimarães diz que «cessando a guerra na Ucrânia, conforme esperamos todos, quererá voltar para o seu seio familiar, no seu país, manifestando também uma forte vontade de ajudar a reconstruir e recuperar o seu país. Este é o sentimento mais dominante», assegurou Paula Oliveira.
Aquele número era de 166 em agosto de 2022, quando a comunidade ucraniana celebrou o 31.º aniversário da independência do país, aumentou paulatinamente ao longo do último ano e faz-se, sobretudo, de uma população com formação superior: «85% dos adultos são licenciados ou mestres», que «trabalham em diversas empresas e IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social] do concelho». Outros «trabalham online para os empregos que tinham antes da guerra. As crianças e jovens estão integrados nas nossas escolas e uma jovem entrou na Universidade no Porto. Outros jovens continuaram o curso universitário online e os mais velhos estão reformados».
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Guimarães é o berço de 144 pessoas fugidas da Ucrânia
Publicado em 26 de fevereiro de 2023, às 11:19