«Escrevemos mais uma página importante na história dos nossos concelhos. Certificar uma arte que faz parte da nossa identidade, era uma ambição antiga da autarquia que agora se concretiza. É, também, um ato de justiça para com os artesãos que há muitos séculos preservam esta técnica, não desistindo de afirmar a filigrana como elemento distintivo na ourivesaria tradicional», referiu o presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso, Avelino Silva.O edil apontou ainda o desafio seguinte, uma candidatura a património imaterial da humanidade pela preservação de uma arte que tem um valor cultural incalculável. «A técnica da filigrana merece este estatuto e, apesar de ter consciência das dificuldades e da exigência deste novo processo, entendemos que não devemos desistir desse objetivo», referiu. Esta apresentação pública realizou-se na Pousada do Porto, Hotel Palácio do Freixo. No decorrer da cerimónia, foram entregues os certificados às unidades produtivas dos dois territórios e foram certificadas as primeiras peças. A Filigrana de Portugal é o 12º produto certificado no continente, mas o primeiro a envolver duas entidades parceiras neste processo.
Avelino Silva considerou que, com esta iniciativa, a Póvoa de Lanhoso e Gondomar «dão um bom exemplo ao país de como é possível os municípios trabalharem em parceria, eliminando as fronteiras dos interesses individuais, para defender este património coletivo que em boa hora nos uniu».O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, e a representante da Adere Certifica, Teresa Costa, também intervieram. O caderno de especificações para a certificação da “Filigrana de Portugal” foi estabelecido pela "Portugal à Mão". A certificação representa uma garantia de qualidade para o consumidor.
Autor: Redação