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Ex-trabalhadores de estaleiros de Viana dizem-se sem meios de subsistência

Ex-trabalhadores de estaleiros de Viana dizem-se sem meios de subsistência
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Publicado em 06 de dezembro de 2017, às 14:06

Funcionários dizem não ter subsídio de desemprego nem qualquer apoio social.

Meia centena de ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) encontram-se "sem qualquer meio de subsistência, sem subsídio de desemprego e apoio social", disse hoje à Lusa o porta-voz da comissão representativa daqueles funcionários.

"Estes trabalhadores começaram a perder o subsídio de desemprego a partir maio. Candidataram-se ao subsídio social e não tiveram direito. Neste momento, estão sem qualquer tipo de meio de subsistência. Há casos dramáticos", disse António Ribeiro.

Nesta situação concreta estão 50 ex-trabalhadores que não atingiram os 57 anos exigidos pela lei para requererem a reforma antecipada por desemprego prolongado e ainda não foram reintegrados no mercado de trabalho.

"Tem havido falta de seriedade, solidariedade e respeito por parte do poder local e central para com os ex-trabalhadores dos ENVC que durante muitos ainda contribuíram, e continuam a contribuir para a economia da região e do país", sustentou António Ribeiro.

Em 2014, quando os estaleiros foram subconcessionados à Martifer, estavam ao serviço dos ENVC 609 trabalhadores. O plano de rescisões amigáveis a que os trabalhadores foram convidados a aderir custou ao Estado 30,1 milhões de euros.

Suportado com recursos públicos, incluiu indemnizações individuais entre os 6.000 e os 200 mil euros, além do acesso ao subsídio de desemprego e reforma.


Autor: Lusa/Redação