“O facto de um município estar presente no Caminho de Santiago do Noroeste traduz-se, em média, num volume de hóspedes maior em aproximadamente 90% do que os municípios que não se encontram neste caminho", lê-se nas "Conclusões Finais" da tese da Universidade do Minho intitulada “O Cenário Turístico no Porto e Norte de Portugal – Fatores de Atração do Turismo”.
O estudo comparou os hóspedes dos 86 municípios do Norte com três Caminhos de Santiago (Caminho Central, Caminho do Noroeste e Caminho de Celanova).
Outra conclusão do trabalho da autoria de Caio Gomes Martins, ao qual a Lusa teve hoje acesso, é que a Rota do Vinho Verde é um atrativo maior para a região Norte de Portugal nos últimos 15 anos, quando comparado com as rotas de vinhos do Douro e de Porto.
“A existência da Rota do Vinho Verde traduz-se, em média, no “número de hóspedes nos municípios presentes nesse percurso em 73,6% superior ao daqueles [município] que não estão inseridos nessa rota”.
Em entrevista telefónica à Lusa, Caio Gomes Martins destacou que outra das conclusões do estudo revela que o aumento de "uma unidade" de alojamentos destinados ao turismo “aumenta o número de hóspedes em 2%”.
A relação positiva entre o número de oferta hoteleira e o número de hóspedes em cada município é considerada “uma variável positiva”, porque quanto mais oferta houver de hotéis ou outros alojamentos, maior o número de hóspedes, porque há mais "qualidade" e "preços mais concorrenciais", explica o economista.
Autor: Lusa