Um total de 52 milhões de euros é quanto o Governo pretende investir na compra de diversos equipamentos que visam a prevenção de incêndios florestais, segundo foi anunciado pelo ministro da Agricultura e do Mar, esta manhã, no hangar do centro de meios aéreos de Arcos de Valdevez, onde teve lugar a entrega de 135 motorroçadoras a 14 entidades gestoras de 27 equipas de Sapadores Florestais do distrito de Viana do Castelo.
«Em boa hora fizemos uma reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Agora entregamos motorroçadoras. Depois teremos tratores, bulldozers, máquinas de rasto, o transporte respetivo destas máquinas que as Comunidades Intermunicipais (CIM) se vão responsabilizar a garantir a manutenção e de encontrar manobradores. Estes últimos concursos estão a andar», disse José Manuel Fernandes, referindo ainda, dentro da área da prevenção, o plano a ser delineado para a pastorícia extensiva, que receberá 30 milhões de euros do Fundo Ambiental com o propósito de reduzir o material combustível.
Segundo o ministro, todos estes projetos estão incluídos no Pacto para a Floresta que, até 2050, prevê o investimento médio de 250 milhões de euros. Aqui, considerou ser «absolutamente essencial» que «toda a legislação relativa à propriedade, em 2026, esteja pronta». «A Assembleia da República será fundamental para esse objetivo. Espero um grande consenso para podermos atuar», vincou.
O fogo controlado foi outra técnica de gestão florestal destacada por José Manuel Fernandes, que ambiciona «mais que duplicar» a área, sendo que este ano se manteve nos 2500 hectares. De acordo com o ministro, registou-se destruição em muitos sítios onde e deveria ter feito fogo controlado e não se fez, daí a importância de exponenciar o uso desta técnica para proteger as áreas verdes e todo o património material. Adiantou que este trabalho será feito «em conjunto com as CIM».