O maior Arciprestado da Arquidiocese de Braga fez ontem a sua Peregrinação Jubilar à Sé Catedral, para, em união com a Igreja Mãe, louvar, agradecer, bendizer e receber indulgência. Peregrinos das 89 paróquias do arciprestado, acompanhados dos seus pastores, encheram a Sé, onde foram encorajados a ser testemunhos felizes e credíveis da esperança cristã.
Os peregrinos concentraram-se em três locais, de acordo com as três zonas pastorais. Assim, a partir de São Sebastião das Carvalheiras; da Basílica dos Congregados e da igreja do Pópulo, as três peregrinações partiram em direção à Catedral, formando uma cruz à chegada. O percurso foi feito em oração e cânticos a Deus e a Virgem Maria.
A celebração foi presidida pelo Bispo Auxiliar de Braga, D. Delfim Gomes, que saudou muitos peregrinos que, uma vez mais, esgotaram todos os lugares da Sé Primacial. O presidente da celebração saudou ainda o arcipreste, o padre Manuel Bezerra; o vice-arcipreste, padre Marco Gil, os agentes pastorais, as irmandades e confrarias; bem como todas as instituições locais.
«Caminhamos como peregrinos de esperança à Igreja Mãe da Arquidiocese. Sintam-se todos acolhidos e estimados», disse D. Delfim Gomes.
O Bispo Auxiliar de Braga lembrou que a paz que Jesus anuncia aos seus discípulos realiza-se no amor. «O amor para com Deus e para com os nossos irmãos. No amor, o coração reconcilia-se, reunifica-se, readquire aquela paz para a qual fomos criados e para a qual fomos destinados. Cristo está no meio de nós como nossa paz e nossa reconciliação, quando amamos uns aos outros»
Oferecer a todos
a misericórdia
e o amor do Pai
O prelado vincou que o amor aos outros é o convite e a missão que todos os cristãos recebem do Batismo, verdadeira adesão a Cristo e ao seu Evangelho.
Convite a amar, fazer o bem, abençoar, orar; oferecendo a cada pessoa, sem excluir ninguém, misericórdia e o amor do Pai. É preciso não esquecer este convite e ouvir o que o Espírito Santo diz hoje à Igreja, serva e sinal visível de comunhão».
D. Delfim enfatizou que este é o caminho como povo de Deus e neste percurso tem de haver lugar para a vontade de purificação, de regressar a Cristo. «Então a nossa tristeza torna-se alegria e ninguém nos poderá tirar a nossa alegria».
Dirigindo-se aos peregrinos, o Bispo Auxiliar de Braga salientou: «Caríssimos irmãos, no nosso Jubileu é Cristo, mas Ele é também o nosso júbilo, a nossa alegria. Desde há 2000 anos, a Igreja vive desta presença. E olhando para o futuro, tem a esperança da sua promessa: “Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos. Sejamos testemunhas felizes e credíveis desta presença e desta esperança».
O presidente da celebração recordou ainda que a fonte da esperança cristã é o Mistério Pascal, Cristo Ressuscitado.
«Confiemo-nos à Virgem Santa Maria de Braga, guardiã da esperança, ela que vela por nós seus filhos, para que não deixemos que a luz da esperança se apague», conclui, em jeito de oração.
Peregrinos visitaram os recantos e tesouro da Sé Catedral
A celebração foi animada pelo Coro das Comunidades de Airó e São João, Barcelos, que levou os peregrinos a participar ativamente.
Depois da celebração, os peregrinos de Barcelos visitaram os recantos da Sé Catedral, as capelas de São Geraldo e dos Arcebispos, bem como o rico espólio do Tesouro-Museu.
Uma espécie de “miminho” àqueles que se deslocaram a Braga para rezar, mas também para conhecer a Sé Catedral.
Os fiéis rezaram também pelo Papa, para que o Senhor o reanime para prosseguir o seu Pontificado. Recorde-se que Francisco está internado em estado considerado crítico e por todo o mundo reza-se por ele.
Da celebração constaram oração de Vésperas, o Pai Nosso, Magnificat, a Oração do Jubileu da Esperança, além dos cânticos, com destaque para a canção com o refrão “Levar Jesus a Todos e Todos a Jesus”.
De referir que a próxima peregrinação jubilar à Sé Catedral de Braga é do Arciprestado de Amares e Terras de Bouro, no dia 9 de março.