Os consumidores são desafiados à descoberta, nesta época natalícia, da diversidade dos pequenos produtores de vinho, que comercializam referências de reconhecida qualidade.
O repto foi lançado na iniciativa “Vinhos a Descobrir”, que reuniu 22 produtores, no passado fim de semana, na Sala Morro Eventos, na Esplanada Jardim do Morro, em Vila Nova de Gaia.
A fundadora e responsável pelo projeto, Ana Ferro, destaca os «vinhos maravilhosos» que os pequenos produtores têm no mercado, como atestam os inúmeros prémios que têm conquistado a nível nacional e além-fronteiras.
Desde 2020 a divulgar as micro e pequenas empresas do setor, esta responsável considera o certame «uma referência nacional» a fazer com que estes produtores cheguem ao mercado, sendo palco para o lançamento de marcas.
Estes eventos atraem consumidores interessados na descoberta de referências que não se encontram à venda nas grandes superfícies, havendo já um grupo que frequenta assiduamente estas iniciativas, tendo-se transformado em clientes habituais.
O certames também têm atraído visitantes estrangeiros, que fomentam as exportações.
Para 2025, o objetivo é «diversificar e ter uma abrangência cada vez maior da presença em cidades que não costumam acolher eventos de vinhos e em que há grande apetência pela descoberta de fantásticos produtores e dos seus maravilhosos vinhos».
Projetos premiados em expansão
Entre projetos oriundos da Região dos Vinhos Verdes que já foram premiados, o produtor António Abílio Carvalho apresenta o vinho António Vilela Areias, que recebeu diversos galardões, desde Bordéus à Coreia do Sul.
Com historial de produção de vinho na Quinta do Couço, na Póvoa de Lanhoso, o produtor lançou esta marca, em 2022, em homenagem ao trisavô, António Vilela Areias, que levou o seu vinho tinto da colheita de 1888 à Exposição Universal de Paris, em 1889.
Com esta marca, para já é produzido um 100% Loureiro, mas os planos passam pela diversificação das referências, depois da plantação, em 2023, das castas Padeiro de Basto e Arinto.
Igualmente a colecionar prémios estão os vinhos Tongobriga, de Marco de Canaveses. Maria Mendes e o pai iniciaram o projeto vitivinícola com a replantação da quinta com Loureiro e Alvarinho.
O nome veio da localização da propriedade, inserido na antiga cidade romana de Tongobriga. Tendo iniciado há cinco anos a comercialização, este é um projeto em expansão, ao qual está associado a apicultura.
Como forma de potenciar a biodiversidade da quinta, Diogo Meireles foi desafiado a introduzir as abelhas. A experiência acabou por ganhar dimensão tendo atualmente 160 colmeias, com apiários em Marco de Canaveses, Amarante e Baião. Para além do mel, a marca comercializa pólen e extrato de própolis.
Este projeto tem uma vertente de enoturismo, sendo possível exeperimentar os vinhos, ver o apiário e usufrir de outras exepriências.