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Criação de dois mil postos de trabalho em Viana do Castelo em risco de exposição mediática "negativa" do projeto

Criação de dois mil postos de trabalho em Viana do Castelo em risco de exposição mediática "negativa" do projeto
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 26 de novembro de 2024, às 15:53

Em causa está uma nova unidade de produção de pás para aerogeradores, com uma área de 25 hectares.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse esta terça-feira, dia 26 de novembro, que o investimento de 200 milhões de euros da multinacional Nordex numa fábrica de aerogeradores está em risco de não se concretizar devido à exposição mediática “negativa” do projeto. Em causa está uma nova unidade de produção de pás para aerogeradores, com uma área de 25 hectares, prevista para a freguesia de Vila Nova de Anha, próxima do porto de mar, na margem esquerda do rio Lima, e que criará cerca de dois mil novos postos de trabalho.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião ordinária do executivo municipal, onde o assunto surgiu durante a discussão do orçamento para o próximo ano, Luís Nobre disse que “formalmente” a autarquia não “recebeu nenhuma comunicação” a cancelar o investimento. “A última comunicação que temos [janeiro] da [multinacional] é que continuava interessada na Europa, em Portugal, e em Viana do Castelo, em particular, mas que adiavam a decisão do investimento”, explicou.

Durante a reunião camarária, Luís Nobre acusou os vereadores do PSD, Paulo Vale e Eduardo Teixeira, agora independente, de terem sido os responsáveis por “queixas e denúncias” consecutivas, em diversas entidades, desde que o investimento foi anunciado para o concelho. "As multinacionais [cotadas] em bolsa não querem andar em parangonas. Perceberam que não era um investimento desejado e, por isso, esfriaram", referiu.

O vereador Paulo Vale defendeu-se, dizendo que, quando há dúvidas, os processos têm ser analisados pelas entidades competentes. “Isto é viver em democracia”, disse.