twitter

Misericórdia de Barcelos junta especialistas para debater cuidados continuados

Misericórdia de Barcelos junta especialistas para debater cuidados continuados
Fotografia DR

Redação

Publicado em 16 de novembro de 2024, às 10:17

Provedor Nuno Reis defendeu mais apoio aos cuidados continuados integrados.

A Santa Casa da Misericórdia de Barcelos juntou, ontem, um conjunto de especialistas nas Jornadas da Saúde 2024 – "UCCI Santo António: Por uma prioridade social e de saúde", que decorrem, ao longo de todo o dia, no auditório da instituição, para debater os desafios dos Cuidados Continuados.

Na sessão de abertura das Jornadas da Saúde 2024, o provedor da instituição, Nuno Reis, explicou que a sessão de trabalho pretende ser um momento para falar do presente e, sobretudo, «discutir o futuro dos cuidados continuados e também o envelhecimento e os cuidados no final de vida». «Não é possível analisarmos a realidade e o futuro dos cuidados continuados integrados, sem olharmos também todas as questões relacionadas com o envelhecimento, de todos os seus determinantes de saúde e toda esta resposta social (estruturas residenciais para pessoas idosas), que é muitas vezes uma resposta de saúde não assumida nem devidamente financiada, mas que tem lugar no nosso país», atentou.

Na mesma sessão, o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra D' Almeida, defendeu a «parceria estratégica» do Estado com o setor social: «A parceria entre o SNS e as Misericórdias combina um conhecimento técnico e uma sensibilidade social profunda e é um modelo que queremos ver ampliado e fortalecido para enfrentar os desafios que nos vão surgir nos próximos anos».  «Partilhamos um objetivo comum, que é reforçar o papel importante da saúde como uma prioridade social e consolidar o alinhamento entre o SNS e o setor social», explicou o responsável. Gandra D' Almeida sublinhou, ainda, que a «colaboração com o setor social tem sido crucial para o desenvolvimento da rede de cuidados continuados e paliativos».

Na mesma linha de ideias, Alberto Caldas Afonso, membro do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos e diretor do Centro Materno Infantil do Norte, destacou que as misericórdias têm um papel fundamental. «O que seria para o país se aquilo que é o trabalho – para além do que hoje estamos a comemorar, os cuidados continuados –, mas também o papel na Saúde a muitos outros níveis, se as misericórdias não estivessem no terreno. Seria de facto um problema gravíssimo para todos. Ainda bem que há as misericórdias», valorizou.