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Irmandades devem ser presença credível da Igreja e esperança para o mundo

Irmandades devem ser presença credível da Igreja e esperança para o mundo
Fotografia DM

Publicado em 04 de novembro de 2024, às 10:00

D. José Cordeiro deu posse aos novos órgãos sociais da irmandade de São Torcato.

O Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, exortou ontem as cerca de mil Irmandades da Arquidiocese de Braga a serem presença da Igreja no meio do mundo e a assumirem a missão de construírem razões de esperança para uma sociedade que olha o futuro com cada vez mais incerteza. 

«As Irmandades, as Confrarias e os diferentes grupos que nascem no seio da Igreja devem assumir a missão de responder aos grandes problemas do nosso tempo», disse D. José Cordeiro, na homilia que partilhou na eucaristia celebrada ontem na Basílica de São Torcato, que se seguiu à inauguração da nova sede e do novo centro de dia da instituição.

O Prelado bracarense deixou no santuário vimaranense uma mensagem bem clara, ao sublinhar que todos os movimentos ligados à Igreja Católica «existem para olhar o futuro», mas também «para melhorar a vida das pessoas no presente». 

 

Mundo tem muita religião, mas precisa de espiritualidade.  

 

Chamadas «a assumir as causas do futuro» e a assumir «a renovação» com uma visão abrangente», «as Irmandades devem ser uma presença credível e significativa da Igreja no mundo, inspirando a criação de um maior humanismo». Trata-se de uma missão que não pode deixar de «motivar a construção da esperança, à luz da Palavra de Deus», acentuou D. José Cordeiro, para sublinhar que em causa está uma missão que não contempla saudosismos. 

«É preciso conhecer a realidade - não aquela que gostaríamos que fosse, mas aquela que se nos apresenta cada dia - e viver hoje como pessoas comprometidas com a promoção do bem comum e com a defesa da dignidade humana», porque  «são estes pequenos grandes gestos» que ajudam a construir «a espiritualidade» de que «o mundo de hoje precisa muito». 

É que «religião e religiosidade temos muito», enfatizou o Arcebispo Metropolita de Braga, que apontou como caminho a opção pelos que mais necessitam. «O desafio é amar o próximo. Amar aquelas pessoas que mais precisam de nós. Amar as realidades da criação. Amar a própria natureza e, inclusive, a própria morte», exortou o Primaz das Espanhas, recordando que, num tempo em que a Igreja celebra o dia de todos os santos e recorda os  fiéis defuntos, não devemos esquecer que «a vida não termina com a morte do corpo».