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Festival de teatro de Viana do Castelo com 12 espetáculos em novembro

Festival de teatro de Viana do Castelo com 12 espetáculos em novembro
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 15 de outubro de 2024, às 17:12

De 8 a 17 de novembro.

O festival de teatro de Viana do Castelo, que decorrerá de 8 a 17 de novembro, vai apresentar 12 espetáculos no teatro Sá de Miranda, um deles pela companhia Chapitô, integrada pela primeira vez na programação do certame.

“Há vários anos que andávamos a tentar a sua participação no festival. A companhia do Chapitô é multipremiada e apresenta-se quase tanto ou mais no estrangeiro do que em Portugal”, afirmou o diretor artístico do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana (CDV), Ricardo Simões. O diretor, que falava na conferência de imprensa de apresentação do festival, na Câmara de Viana do Castelo, adiantou que a companhia de Lisboa apresenta, no dia 14 de novembro, às 21h00, a peça "Júlio César", “uma paródia a partir da figura tirânica do imperador romano”.

A abertura da oitava edição do festival, que deixou de ter data fixa - até aqui entre 10 e 18 de novembro -, acontece seis dias antes, em 08 de novembro, às 21h00, na sala principal do Teatro Municipal Sá de Miranda, “com a próxima criação” do CDV. Trata-se da peça "Rottweiller vs Chihuahua", um texto de Guilhermo Heras, de setembro de 2022, “sobre o populismo e a ascensão da extrema-direita no mundo”.

O festival, cuja programação abrange dois fins de semana, encerra no dia 17 de novembro, com a peça "As que limpan", pela companhia A Panadaria, de Vigo, na Galiza. Dos 12 espetáculos do festival, três são dirigidos a famílias, incluindo o programa uma exposição de esculturas sonoras de João Ricardo Oliveira e a "performance soundivarius" do mesmo artista.

Para Ricardo Simões, a realização do festival é “um pequeno milagre da sustentabilidade e gestão” face a um orçamento de 60 mil euros, no qual se destacam os apoios da Câmara de Viana do Castelo e do Ministério da Cultura, através da Direção-Geral das Artes (DGArtes). “Em Portugal, um festival não se faz por menos de 100 mil euros. É um milagre da sustentabilidade que só é possível graças a muita criatividade da autarquia, da equipa do Teatro Municipal Sá de Miranda, do CDV e de acordos de intercâmbio entre várias companhias”, sublinhou.

Presente no encontro com os jornalistas, o vice-presidente e vereador da Cultura da Câmara de Viana do Castelo, Manuel Vitorino, enfatizou que o festival tem fomentado “uma relação de proximidade” com o Noroeste Peninsular, particularmente com a Galiza, “premonitória do que acontecerá, em 2025, quando Viana do Castelo for Capital da Cultura do Eixo Atlântico”. Apontou como exemplo dessa proximidade, a peça “Manuela Rey Is In Da House”, que se estrou na edição anterior do festival, uma coprodução do Centro Dramático Galego, Teatro Nacional São João e Teatro Nacional D. Maria II e Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana (CDV).

Manuel Vitorino apontou ainda o caráter inclusivo do festival, que Ricardo Simões garantiu ser “uma das marcas que o distingue” de outros eventos. “Este é único festival de teatro do país em que todos os espetáculos contam com recursos de acessibilidade, sejam conversas pós-espetáculo, tradução simultânea em língua gestual portuguesa, reconhecimento de palco, audiodescrição ou legendagem", sublinhou.

Os bilhetes avulso custam 10 euros, metade para grupos (mais de seis pessoas), quatro euros para o bilhete "teatral". O passe tem um custo de 10 euros, mas reduz o preço de cada espetáculo a três euros. Já para quem pertence ao CLAN – Clube de Amigos do Noroeste, o passe tem um custo de oito euros. Há ainda redução de preços para profissionais, idosos e reformados.