O Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário (Citeve), com sede em Famalicão, vai coordenar um projeto com 19 parceiros de nove países europeus para desenvolver uma nova tecnologia disruptiva de camuflagem.
O projeto foi chamado de Adaptive Camouflage for Soldiers and Vehicles (ACROSS), e conta com forças militares, indústria, universidades e centros de I&D, e vai ser financiado pelo Fundo Europeu de Defesa (EDF). O orçamento total é de 14,5 milhões de euros.
Segundo o Citeve, o objetivo deste projeto é colocar a defesa europeia na vanguarda mundial, levar a camuflagem para outro nível e aumentar a segurança. A nova tecnologia pretende adaptar o vestuário aos diversos ambientes, quer numa floresta, quer num deserto, ao mudar de tom.
“Estamos a falar de camuflagem visual, mas também camuflagem relativamente aos radares, detetores de infravermelhos e outras radiações. É camuflagem no sentido integral. Não ser visto nem por pessoas, nem por máquinas. A ideia é camuflar as pessoas, aumentar a segurança do soldado no campo de batalha com sistemas mais eficazes, mas também aplicar o sistema às viaturas, drones, entre outros”, disse António Braz Costa, diretor geral do Citeve, citado pelo ECO.
"O facto de o Citeve ser o coordenador deste projeto é extremamente importante para Portugal e para a indústria têxtil portuguesa. A camuflagem adapta-se ao ambiente de forma a não permitir a visibilidade da pessoa ou dos veículos“, diz o diretor do Citeve.
O Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos Funcionais e Inteligentes, em Famalicão, vai receber 516,6 mil euros, a empresa de confeção e vestuário Damel, na Póvoa de Varzim, receberá 246,7 mil euros, o Exército português 217,9 mil euros e a consultora Magellan Circle 412,5 mil euros.