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Centro tecnológico de 1,7 milhões vai nascer em Paredes de Coura em 2025

Centro tecnológico de 1,7 milhões vai nascer em Paredes de Coura em 2025
Fotografia Festival Nacional de Robótica

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 04 de maio de 2024, às 14:22

Para incentivar a investigação científica no concelho

O presidente da Câmara de Paredes de Coura apontou, hoje, para o primeiro trimestre de 2025 a abertura de um centro tecnológico, num investimento de mais de 1,7 milhões de euros, para incentivar a investigação científica no concelho.

Em declarações à agência Lusa, à margem do Festival Nacional de Robótica, a decorrer até domingo na vila, Vítor Paulo Pereira, disse que em equipamentos tecnológicos vão ser investidos 1,3 milhões de euros.

Já a empreitada de reconversão de um antigo edifício do Sporting Clube Courense, no centro da vila, está orçada em 464 mil euros.

A obra arrancará em junho e terá de estar finalizada até finais de setembro, meados de outubro. Após essa fase o espaço será todo equipado, recriando “uma fábrica escola”.

“Uma coisa é ter laboratórios na escola e, outra é ter um pavilhão que consiga criar o ambiente de uma fábrica. Vamos ter robótica, soldadura avançada, programação informática. No fundo, tudo o que está a acontecer no Festival Nacional de Robótica. O centro tecnológico servirá, sobretudo, os alunos EPRAMI - Escola Profissional do Alto Minho Interior, que terão um espaço para aprender em contexto de trabalho”, explicou o autarca socialista.

Para Vítor Paulo Pereira, o futuro centro tecnológico “chamar novos alunos a Paredes de Coura, atraídos pelas propostas inovadoras que a EPRAMI apresenta”.

O projeto, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vem ao encontro da aposta do município na robótica, “fazendo todo o sentido a realização, no concelho do festival nacional”.

“Em Paredes de Coura há fábricas altamente robotizadas, com tecnologia de ponta como é o caso do grupo Kyaia, que tem investido na Indústria 4.0”, destacou.

O autarca referiu que “as pessoas têm muito medo da robótica porque acham que destrói empregos, mas aumenta a competitividade das empresas e alivia os trabalhadores de tarefas monótonas, pesadas e perigosas”.

“A aposta do grupo Kyaia na inovação tecnológica não causou despedimentos. Antes pelo contrário, há oportunidade de emprego”, disse.

Afonso Reis é “um exemplo” de como a participação no Festival Nacional de Robótica, onde, numa competição chegou a vice-campeão do mundo, pode mudou vidas.

“Hoje tenho uma empresa que produz máquinas industriais robotizadas para empresas dos setores automóvel, metalúrgica, alimentar. O interesse pela robótica nasceu no festival, desenvolvi essa aptidão e, é essa mensagem que queremos transmitir aos jovens”, afirmou o empresário que dedica um dia por semana para dar aulas de robótica aos alunos da EPRAMI.

Natural de Paredes de Coura, Afonso Reis, de 37 anos, instalou a empresa há dois anos numa incubadora municipal, e além do mercado nacional já exporta parte da produção.

Formado em eletrotecnia, pelo Instituto Politécnico de Bragança, integra a organização do Festival Nacional de Robótica de Paredes de Coura onde espera “estimular nas crianças e jovens que, este ano, participam no festival de Paredes de Coura, o gosto pela robótica e pela eletrónica”.