twitter

Viana do Castelo realça justiça territorial com fim de portagens na A28

Viana do Castelo realça justiça territorial com fim de portagens na A28
Fotografia

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 02 de maio de 2024, às 20:08

Segundo disse Luís Nobre

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse hoje que se fez justiça com a aprovação, na generalidade, do projeto de lei do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUT, referindo-se à A28.

A proposta do PS - a única que foi aprovada esta tarde - pretende acabar com as portagens na A4 - Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 -Pinhal Interior, A22 - Algarve, A23 - Beira Interior, A24 - Interior Norte, A25 - Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

A proposta foi aprovada com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN.

Para o socialista que preside à autarquia da capital de distrito de Viana do Castelo, aquela decisão “vem trazer justiça na coesão territorial do país e favorecer a mobilidade, a economia e o turismo das regiões de baixa densidade, como é o caso do Alto Minho.

“Esta é a solução mais homogénea e uma antiga reivindicação do município de Viana do Castelo, que sempre esteve contra a introdução de portagens na A28. Esta decisão traz justiça territorial, sobretudo para a economia de Viana do Castelo e para a normal e natural relação com a vizinha Galiza, tanto mais que esta é uma região de fronteira”, afirma, citado em um comunicado enviado às redações.

Luís Nobre salienta que “a introdução deste tema na campanha eleitoral foi fundamental e que o compromisso assumido para isentar as portagens foi sempre uma reivindicação” que defendeu.

Para o autarca socialista, “o pagamento de portagens criou diversos constrangimentos ao longo dos anos, sendo mesmo um entrave à competitividade e atratividade da região, bem como ao turismo, com reflexos gravosos a nível da restauração, hotelaria e comércio”.

A proposta hoje aprovada na generalidade - que de acordo com os socialistas tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros - entrará em vigor em 01 de janeiro de 2025, segundo o projeto de lei do PS.

Desde 2008, mal se vislumbrou a possibilidade de introdução de portagens na A28, que autarcas, empresários e movimentos do distrito do Porto, de Viana do Castelo e da Galiza contestaram a opção, concretizada em outubro de 2010.

Buzinões, marchas lentas e outros protestos populares prolongaram-se por vários meses e a imprensa espanhola chegou mesmo a classificar a ex-SCUT A28 como as “mais cara autoestrada da Europa”, por obrigar os automobilistas estrangeiros a desembolsar 77 euros para percorrer 76 quilómetros.

A contestação nunca terminou e o Orçamento do Estado para 2024 serviu para novos lamentos e reivindicações, desta vez devido à exclusão da A28 da redução de 30% aplicada a algumas ex-SCUT.

Autarcas, partidos e empresários criticaram a falta de alternativas e penalização da região, nomeadamente nas relações com a Galiza.

O Alto Minho reclama ainda a relocalização do pórtico da A28 entre Neiva e Darque, de acesso a uma das principais zonas industriais do concelho de Viana do Castelo.