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Centro de Ciências do Mar apoia dois parques eólicos 'offshore' em Portugal. Um deles em Viana do Castelo

Centro de Ciências do Mar apoia dois parques eólicos 'offshore' em Portugal. Um deles em Viana do Castelo
Fotografia DR

Redação/Lusa

Publicado em 05 de fevereiro de 2024, às 13:59

A colaboração entre as duas entidades tem como objetivo estudar o potencial impacto dos parques eólicos 'offshore' na flora e fauna marinhas”.

A minimização do impacto dos parques eólicos 'offshore' na flora e fauna marinhas é o objetivo de um acordo de colaboração assinado entre o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e a empresa IberBlue Wind.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, esta 'joint venture' especializada na promoção de projetos eólicos 'offshore' flutuantes, que opera no mercado ibérico, informou que “colaborará com o MARE no desenvolvimento de atividades científicas relacionadas com o estudo dos ecossistemas aquáticos, atividades de inovação, transferência de conhecimento e outras atividades de formação e de divulgação científica”.

O acordo é dirigido ao desenvolvimento de dois parques eólicos planeados pela IberBlue Wind para Portugal, ao largo da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, e de Viana do Castelo.

“A colaboração entre as duas entidades tem como objetivo estudar o potencial impacto dos parques eólicos 'offshore' na flora e fauna marinhas”, acrescentou.

O trabalho conjunto das duas entidades permitirá conceber “soluções que garantam a coexistência das instalações com o meio natural da zona de implantação das eólicas, reduzindo o seu potencial impacto sobre a população piscícola e promovendo a sustentabilidade da atividade pesqueira”.

A parceria abrange os projetos 'Botafogo', junto à Figueira da Foz, para um parque eólico com uma área prevista de 359 quilómetros quadrados (km2) e uma potência instalada de 990 megawatts (MW), e 'Creoula', nas proximidades de Viana do Castelo, com uma superfície de 413 km2 e uma potência instalada de 1.440 MW.

Em conjunto, segundo a nota, os dois projetos “poderão fornecer energia limpa” a mais d 1,6 milhões de habitações.

Na assinatura do acordo, participaram Pedro Raposo Almeida, diretor do MARE, e Enrique de Farago, Manuel Monteiro e Tiago Morais, em representação da IberBlue Wind, bem como os investigadores José Lino Costa e Bernardo Quintella, daquele centro científico, e Hugo Miranda, vice-diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A IberBlue Wind é constituída pelas empresas espanholas Proes Consultores e FF New Energy Ventures, além do grupo irlandês Simply Blue, líder em energia eólica flutuante 'offshore'.