A Câmara Municipal de Barcelos vai adquirir 126 habitações num investimento global previsto de perto de 14 milhões de euros, anunciou ontem a autarquia.
Segundo uma nota de imprensa, esta medida teve luz verde ontem à tarde, tendo sido aprovada por unanimidade em reunião do Executivo. A medida insere-se no âmbito do programa 1.º Direito financiado pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. A compra das habitações vai ser feita de uma oferta pública de aquisição.
Segundo o texto da proposta, o acesso à habitação «tem vindo a revelar-se como um dos problemas mais pertinentes, tanto pelas subidas do crédito como devido aos aumentos das rendas de imóveis». Ora, acrescenta, «na sequência das novas políticas públicas da habitação, a Câmara Municipal aprovou documentos reguladores estratégicos, de modo a dar resposta àquelas dificuldades, mas também permitir o acesso a apoios financeiros disponibilizados pelo governo para a concretização de novas soluções habitacionais, como é o caso do Programa 1.º Direito e dos consequentes financiamentos do PRR - Plano de Recuperação e Resiliência».
Nesse sentido, com o objetivo de agilizar a execução do Acordo de Colaboração celebrado com o IHRU, o Município de Barcelos pretende lançar a 1.ª Oferta Pública de Aquisição de Imóveis, que, após aprovação na Assembleia Municipal, permitirá comprar 126 fogos habitacionais já edificados, em construção ou a construir, destinados a serem entregues aos beneficiários que cumpram os requisitos definidos no âmbito do programa 1.º Direito.
De acordo com o comunicado, na reunião do executivo, a Câmara Municipal aprovou também «um conjunto de protocolos com instituições concelhias que visam agilizar o atendimento e acompanhamento social». Estes protocolos estabelecidos com a Associação de Pais e Amigo de Crianças (APAC), Centro Social da Paróquia de Arcozelo, Grupo de Acção Social e Cristã (GASC), e Centro Comunitário Moinhos de Vento têm um financiamento global de 37.500 euros.
A colaboração com estas instituições visa «dar resposta às competências do Município no desenvolvimento do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social destinado a dar apoio às pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social, assim como no que respeita à elaboração dos diagnósticos técnicos para a atribuição de prestações pecuniárias de caráter eventual e dos beneficiários do RSI – Rendimento Social de Inserção», refere a nota enviada ao Diário do Minho.