Contactado pela agência Lusa, o padre Artur Coutinho adiantou que 50 pessoas estão inscritas na iniciativa, cujo prazo termina hoje, mas o número poderá aumentar até ao dia da ceia de Natal.
“Há sempre pessoas que chegam à última hora, mas que têm sempre lugar”, frisou o pároco de Nossa Senhora de Fátima.
A tradição, com 38 anos, “começou por ter poucos participantes”, mas passou a ser “uma opção para quem vive só ou para os sem-abrigo”.
“No ano passado, tivemos entre 40 e 45 pessoas. Este ano, são 50, mas o número vai subir”, afirmou.
Segundo Artur Coutinho, “além de pessoas do concelho, a ceia de Natal tem cada mais imigrantes”.
“São pessoas oriundas da Ucrânia, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Colômbia e, Brasil. Este ano, são mais os participantes estrangeiros do que os de Viana do Castelo”, observou.
O jantar acontece na véspera de Natal, às 19:30, no refeitório social do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima.
A ementa inclui “todos os pratos de uma ceia tradicional de Natal, o bacalhau e sobremesas tradicionais da época, não faltando o bolo-rei e pão-de-ló”.
A paróquia suporta os custos da refeição natalícia, mas "tem apoio de pessoas que oferecem alguns alimentos".
"Também vou pedir a algumas pastelarias da cidade para ajudar a uma maior diversidade de doçaria típica desta altura", disse.
Depois da ceia, há convívio com música assegurada por um dos participantes, natural de Cabo Verde e será distribuída uma lembrança “simbólica” a todos.
A tradição do Natal dos Sós foi iniciada, em 1985, pelo padre Artur Coutinho, “para que a solidão seja esquecida na noite da consoada e vivida em ambiente familiar”.
Desde 2011, que a ceia conta com a presença do bispo da diocese.
Antes da ceia, João Lavrado vai celebrar o Natal com os reclusos do estabelecimento prisional da cidade e, às 23:00 presidirá à Missa do Galo, na Sé Catedral de Viana do Castelo, celebração retomada em 2010.