O IHRU celebrou, ontem, um protocolo com o a Câmara Municipal de Guimarães e as Associações de Moradores do Bairro de São Gonçalo e Bairro da Emboladoura (situado na freguesia de Gondar) que visa a implementação de «uma nova política de proximidade» procurando estabelecer uma interação direta entre o instituto, os municípios e as associações de moradores dos bairros. «Este novo plano é muito mais que reabilitação e uma nova proximidade às autarquias e às associações de moradores, numa nova base de parceria e confiança», resumiu, ontem, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, durante aquela sessão protocolar, no Teatro Jordão, onde foi também apresentada a nova fase do Plano de Reabilitação do Património do IRHU. Esta é uma segunda fase de reabilitação do património do IRHU «que vem aliar uma nova dinâmica associada à reabilitação do parque habitacional. Precisamos de reabilitar do ponto de vista de qualidade e sustentabilidade das habitações, mas precisamos de fazer mais que isto e criar uma nova proximidade do IRHU com os moradores, criar espaços envolventes coletivos, de participação e de fruição coletivos», apontou a titular da pasta da Habitação. Marina Gonçalves prometeu avançar, nos próximos meses, para a criação de equipas de gestão local, uma frente avançada e próxima do IRHU junto das associações de moradores dos bairros, priorizando Guimarães, onde o novo modelo se inspirou «depois de muitos dias e horas de trabalho no terreno. «É muito simbólico começarmos em Guimarães porque são associações de moradores que desde o primeiro momento nos procuraram, com divergências e convergências, para travar este diálogo e ter esta proximidade, que é exatamente o que queremos formalizar», suportou Marina Gonçalves, confiante que a associação do Bairro da Nossa Senhora da Conceição, que ontem se recusou a subscrever o protocolo, venha também a aderir ao novo modelo.
Aquele novo modelo de gestão dos bairros está assente em mais proximidade e diálogo entre o IRHU, os municípios e as associações de moradores. Com estes protocolos vai ser possível garantir a manutenção futura dos espaços exteriores, a manutenção e reparação ligeira dos espaços comuns, dos espaços ajardinados e a capacitação dos denominados gestores de lote ou de porta. A nova fase do Plano de Reabilitação tem como principal objetivo melhorar o bem estar e o nível de conforto dos moradores dos bairros e simultaneamente beneficiar toda a comunidade envolvente da requalificação urbana. A reabilitação do património do IHRU, já em curso, vai entrar agora numa segunda fase de implementação, de acordo com uma estratégia de priorização. Para o ano de 2024 está estabelecida uma ordem de priorização em três fases. Na primeira, será priorizado o processo de reabilitação de um conjunto de edifícios que corresponde a mais de 1800 habitações de norte a sul do país. Na segunda e terceira, ainda em 2024, serão lançados os procedimentos para a intervenção em mais de 4000 habitações, com prazos de execução até 2028.