O concelho de Barcelos passou a dispor, ontem, de um Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo. Trata-se de uma estrutura que envolve 16 entidades e cujas finalidades são realizar e atualizar o diagnóstico local sobre o fenómeno das pessoas em situação de sem-abrigo, identificar e mobilizar recursos necessários à resolução do problema, elaborar um Plano de Ação, e desenvolver as respetivas intervenções.
Na sessão de assinatura da criação daquele núcleo, o presidente da Câmara Municipal assinalou a importância do momento, elucidando que «a formalização desta estrutura através de protocolo vai reforçar o trabalho que já vem sendo desenvolvido no terreno, congregando parceiros que são extremamente importantes neste processo». Mário Constantino sublinhou a importância do trabalho em rede e assegurou que «Barcelos pretende ser dos primeiros concelhos a deixar de ter sem-abrigo nas ruas, conferindo dignidade e condições mínimas a essas pessoas«.
Na sessão, esteve também presente o vogal do Conselho Diretivo do Instituto de Segurança Social, e ex-coordenador para a Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo. Henrique Joaquim disse ser «possível atenuar este fenómeno e devolver as pessoas à vida digna e ativa. Mesmo nos casos mais difíceis e complicados haverá sempre a possibilidade de uma solução».
Entre as várias entida- des que integram o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo de Barcelos contam-se o Centro Distrital de Segurança Social de Braga, Administração Regional de Saúde do Norte, Hospital de Santa Maria Maior, IEFP, Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, GNR, Juntas de Freguesia, ACIB, Grupo de Ação Social e Cristã, Médicos do Mundo, Cruz Vermelha Portuguesa, Instituto S. João de Deus e Proteção Civil do Município de Barcelos. Nas principais competências da nova estrutura contam-se o diagnóstico local sobre o fenómeno das pessoas em situação de sem-abrigo, como contributo para o diagnóstico da rede social e base de planificação da sua atividade; identificação e mobilização dos recursos necessários à resolução do problema; planificação das atividades, através da construção de um Plano de Ação, para conjugação de esforços e rentabilização de recursos na resolução do problema dos sem-abrigo.