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UNESCO aprova ampliação de zona classificada como Património Mundial em Guimarães

UNESCO aprova ampliação de zona classificada como Património Mundial em Guimarães
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 19 de setembro de 2023, às 10:58

O Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) aprovou hoje a ampliação da zona classificada de Guimarães, confirmou à Lusa fonte do município.

A proposta já tinha recebido parecer positivo para reclassificação e viu hoje ser confirmada a ampliação da área classificada como Património Mundial.

A proposta da Câmara Municipal de Guimarães previa “duplicar a área classificada, inscrevendo a Zona de Couros na lista indicativa para obter o estatuto de Património da Humanidade”, como se podia ler num comunicado da autarquia de 2015.

“No caso de a candidatura ser bem-sucedida, a área de proteção passará a ser cinco vezes superior à atual, criando-se uma zona tampão desde o topo da montanha da Penha, onde nasce a ribeira de Couros, à Veiga de Creixomil, foz de cursos de água”, acrescentava o texto da altura.

A autarquia do distrito de Braga sublinhou, noutro documento, que “a área classificada agora proposta aponta um novo sentido à leitura do ‘Centro Histórico de Guimarães’, incorporando os espaços primitivos do trabalho na compreensão da génese e desenvolvimento”.

“Até à candidatura, estava consolidada a ideia de que a génese de Guimarães era bipolar: em torno da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e em torno do Castelo, à cota alta. Hoje sabemos que, à cota baixa, se desenvolviam as atividades de curtimenta (certamente, entre muitas outras) e, nesse sentido, é incompleta a noção do burgo medieval sem a compreensão destas inter-relações”, pode ler-se no texto.

A Câmara de Guimarães acrescentou: “O que hoje se vê em Couros resulta do desenvolvimento da indústria nos últimos 100-200 anos, sobrepondo-se, por exigências funcionais, produtivas, às preexistências. Documentalmente, já no século XII o rio é designado como ‘rio de Couros’. Mas parece cada vez mais certa a hipótese da génese desta atividade, neste local, ser muito mais remota, por exemplo, considerando as referências às trocas comerciais presentes no testamento de Mumadona Dias (ano de 959)”.

O Centro Histórico de Guimarães está classificado como Património Mundial desde 2001.