É ao som da concertina que as vindimas estão a decorrer na Casa da Cuca, em Moreira do Lima, Ponte de Lima.
A par da valorização das castas tradicionais desta freguesia limiana, o projeto familiar aposta em fazer da vindima uma festa, que culmina um ano de trabalho nas vinhas. Mantendo a tradição, as vindimas são uma época de trabalho, mas também de confraternização, não faltando a música e um pezinho de dança nos intervalos para comer e descansar.
José Carlos Amorim, que gera a empresa juntamente com a irmã, Sandra, mostra-se satisfeito com a quantidade e com a qualidade da produção, depois de um ano difícil em termos de viticultura. Este responsável aponta para um crescimento na ordem dos 20 por cento, fruto da entrada em produção de novas vinhas.
O objetivo é chegar aos oito hectares nos próximos dois anos. Depois de alcançada essa meta, a intenção é ir à procura de «nichos específicos» de terrenos, com diferentes localizações, que permitam usufruir do “terroir” de Moreira do Lima, que no passado deu fama aos vinhos desta localidade.
A empresa tem apostado precisamente na recuperação do património genético das castas típicas do vinho branco de Moreira do Lima, designadamente Cainho de Moreira do Lima, Dourado e Galeguinho.
Esta produção já deu origem a um monocasta de Cainho, que tem sido aplaudido pela crítica.
José Carlos Amorim destaca também as experiências para optimizar a gestão da água, depois de implementado o sistema de rega gota a gota, numa aposta na sustentabilidade ambiental.